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Notícias / Entretenimento

Entrevista de Morgan Freeman sobre a consciência negra não faz mais sentido ao ator

O astro de Hollywood realizou diversas ações nos anos seguintes a fala em prol da comunidade negra nos EUA

Wallacy Ferrari Publicado em 23/01/2022, às 09h00

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Morgan durante premiação em 2011 - Getty Images
Morgan durante premiação em 2011 - Getty Images

Em dezembro de 2005, o ator Morgan Freeman participou do lendário programa de entrevistas da rede americana CBS, o "60 Minutes", falando sobre opiniões pessoais e principais bastidores de sua renomada carreira em Hollywood.

Porém, um trecho da conversa se tornou uma referência para a desapropriação de uma causa social, sendo amplamente compartilhado nos anos seguintes.

Anualmente, os Estados Unidos celebram o mês da consciência negra a partir do final de janeiro, promovendo medida socioeducativas em colégios e em eventos oficiais.

A entrevista em questão ia ao ar no mês anterior a abertura do período, se tornando pauta para o entrevistador Mike Wallace, que perguntou a opinião da reverenciada figura negra.

Contudo, Morgan surpreendeu, classificando o período como “ridículo” e comparando o fato de não existir um mês para a consciência judaica ou branca.

Ao ser indagado pelo apresentador sobre uma maneira de evitar com que o racismo acabe sem o mês especial, Morgan sugeriu deixar de lado o tema:

Pare de falar sobre isso. Vou parar de chamá-lo de branco. E vou pedir que pare de me chamar de negro. Eu conheço você como Mike Wallace. Você me conhece como Morgan Freeman. Você não vai dizer 'Eu conheço um cara branco chamado Mike Wallace'. Está ouvindo o que estou dizendo?", acrescentou.

Fatos distorcidos

Apesar de apontar o fim da data como uma forma para fortalecer o fim do racismo, Freeman demonstrou nos anos seguintes que não sustenta os mesmos pensamentos, como informou o jornal O Globo. 

No Brasil, integrado a grupos de direita, o vídeo volta a tona anualmente no 20 de novembro, onde aqui se comemora o Dia da Consciência Negra. Já compartilhado por deputados e personalidades que classificam o enaltecimento da história negra como ‘vitimismo’, o contexto da publicação deturpa a atual opinião do ator.

Em 2020, por exemplo, Freeman usou seu perfil oficial em redes sociais para aderir ao movimento Black Lives Matter, que pediu atenção a comunidade negra após a violenta morte de George Floyd.

Em texto por ele assinado, o ator enalteceu: "Dedicarei minha plataforma para amplificar sua voz [...] Sendo um contador de histórias, acho importante defender cada uma das vozes únicas uns dos outros".