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Notícias / Pré-História

Escavações revelam ossos humanos mais antigos da Europa, com mais de 40 mil anos

Os pesquisadores inicialmente tiveram dificuldades de identificar a origem das ossadas, mas análises tecnológicas revelaram o mistério

André Nogueira Publicado em 12/05/2020, às 07h00 - Atualizado às 07h31

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Artefatos líticos - Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva
Artefatos líticos - Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva

Na Bulgária, arqueólogos descobriram ossadas misteriosas numa caverna de nome Bacho Kiro que, ao serem datadas, revelaram serem os registros de corpos humanos modernos mais antigos da Europa. Localizadas em extratos ligados ao Paleolítico Superior, os vestígios são de uma faixa de tempo que vai de 12 a 50 mil anos atrás.

Crédito: Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva

As escavações que levaram à recente descoberta se iniciaram em 2015, num sítio que já havia revelado artefatos pré-históricos. Inicialmente, houve grande dificuldade em identificar a espécie de origem dos ossos, dada a alta fragmentação, mas uma análise sequencial de proteínas no tecido ósseo revelou se tratar do Homo sapiens.

Crédito: Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva

Crédito: Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva

A massa principal dos vestígios passou por datação por radiocarbono, o que revelou uma localização mais precisa no tempo: entre 45.820 e 43.650 anos atrás, com alguns restos ocupando a caverna mil anos antes. "Portanto, até onde sabemos, esses ossos representam os mais antigos hominíneos do Paleolítico Superior da Europa recuperados até o momento", colocam os autores no artigo divulgado na revista Nature.

Ossadas / Crédito: Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva

Junto aos corpos, foram encontrados artefatos relevantes, como ferramentas de pedra e itens forjados em ossos, como um pingente de dente de urso. "Qualquer que seja a complexidade cognitiva dos últimos neandertais, a idade anterior do material da Caverna Bacho Kiro apoia a noção de que essas novidades comportamentais específicas vistas nas populações em declínio dos neandertais resultaram de contatos com H. sapiens migrantes".