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Notícias / Arqueologia

Espada viking de 1,1 mil anos pode fazer revelação singular sobre antigo guerreiro

Geralmente, a arma de um indivíduo era enterrada em seu lado direito, mas, nesse caso, não foi bem assim

Isabela Barreiros Publicado em 09/09/2020, às 16h44

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Pesquisadora e espada viking em Vinjeøra, Noruega - Museu da Universidade NTNU/Divulgação
Pesquisadora e espada viking em Vinjeøra, Noruega - Museu da Universidade NTNU/Divulgação

Em 27 de agosto deste ano, uma equipe de arqueólogos encontrou uma espada viking de 1,1 mil anos, que data aproximadamente dos anos 800 e 900, na Noruega. A arma foi descoberta em uma fazenda, que provavelmente pertenceu a um guerreiro da vila de Vinjeøra, ao sul do condado de Trøndelag. 

No entanto, a sepultura continha uma particularidade que intrigou Astrid Kviseth e Raymond Sauvage, arqueólogos da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU), responsáveis pelo achado. De maneira geral, vikings eram enterrados com suas espadas do lado direito do corpo, representando o modo que a usavam em combate.

A espada viking / Crédito: Museu da Universidade NTNU/Divulgação

Sauvage supõe que a tradição ocorria pois se acreditava que "os mundos subterrâneos para os quais você iria após a morte são a imagem espelhada do mundo superior”. Porém, o guerreiro enterrado em Vinjeøra estava com o objeto em seu lado esquerdo. Para o pesquisador, isso pode indicar que ele era canhoto. 

Isso não era tão comum em guerreiros vikings. Tanto que a tradição supunha que a arma deveria ser colocada ao lado direito do corpo. Assim, a descoberta tornou-se ainda mais importante, visto que pode se tratar de um dos únicos indivíduos canhotos já encontrados daquele período. 

“Imaginamos que esta prática cultural mostra a importância dos ancestrais familiares em uma fazenda na época. Os ancestrais podiam continuar vivendo nos túmulos e estar presentes como espíritos companheiros. Isso mostra que a família do guerreiro possuía a propriedade. Dessa forma, ser enterrado perto de um antepassado importante era uma forma de ser incluído na comunidade dos espíritos”, explicou Sauvage.