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Notícias / Segunda Guerra

Especialista investiga os motivos que levaram os Aliados a não bombardearem Auschwitz

A decisão histórica tomada durante a Segunda Guerra Mundial gera questionamentos até os dias de hoje

Isabela Barreiros Publicado em 21/01/2020, às 08h00

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O campo de concentração de Auschwitz - Getty Images
O campo de concentração de Auschwitz - Getty Images

Um novo documentário da rede de televisão estadunidense PBS investiga mais a fundo os motivos por trás da decisão histórica dos Aliados de não bombardearem o campo de concentração de Auschwitz. Segredos dos mortos: Bombardeando Auschwitz será transmitido pela primeira vez hoje, 21.

Durante a Segunda Guerra, os terrores que aconteciam nos campos para judeus estavam sendo cada vez mais evidenciados por testemunhas que deixavam os locais em questão e expunham o que acontecia lá dentro. Os Aliados já tinham sobre seu domínio muitas informações sobre o horror de Auschwitz.

Mas porque eles não bombardearam o local? Historiadores investigaram mais a fundo para poder entender as justificativas por trás da — falta de — decisão histórica.

"Havia o medo de que os americanos apoiassem menos o esforço de guerra se pensassem que era guerra contra os judeus", explicou Michael Berenbaum professor de Estudos Judaicos na Universidade Brandeis à Live Science. Se eles atacassem o campo de concentração, alguns poderiam entender que isso acontecia contra os judeus, não na intenção de libertá-los.

Além disso, havia o desconhecimento sobre a instalação em si. O bombardeio seria muito impreciso. "Você precisaria lançar 220 bombas em cada um dos quatro crematórios de Auschwitz-Birkenau para ter 90% de chance de um deles atingir cada crematório", disse Tami Davis Biddle, professor de História e Estratégia de Segurança Nacional no Colégio de Guerra do Exército dos Estados Unidos.

Outro motivo levantado pelos historiadores é a falta de recursos militares ao fim da guerra. O desvio de equipamentos poderia fazer com que eles perdessem o conflito. "Nós olhamos para a Segunda Guerra Mundial e tendemos a pensar, bem, provavelmente era óbvio que íamos vencer. Não foi", conclui Biddle.