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Notícias / Paleontologia

Espécie de 429 milhões de anos tem visão comparável a de insetos modernos, afirma estudo

Pesquisadores analisaram olho fossilizado do animal para entender melhor seu funcionamento

Isabela Barreiros Publicado em 13/08/2020, às 15h13

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Olho fossilizado do trilobita, que viveu durante a Era Paleozóica - Divulgação/Brigitte Schoenemann
Olho fossilizado do trilobita, que viveu durante a Era Paleozóica - Divulgação/Brigitte Schoenemann

Em 1846, na República Tcheca, pesquisadores encontraram o primeiro exemplar da espécie de artrópodes trilobita, que viveu há 429 milhões de anos, antes mesmo dos dinossauros habitarem o planeta. Agora, pesquisadores da Alemanha e Grã-Bretanha analisaram os olhos de um fóssil antigo e afirmam que a visão do animal se parece com a de insetos modernos.

"Neste pequeno trilobita, o olho composto é quase o mesmo que o das abelhas, das libélulas de hoje e de muitos crustáceos diurnos (dia ativos) modernos", anunciou Brigitte Schoenemann, coautora do novo estudo publicado na revista científica Scientific Reports e membro do departamento de zoologia da Universidade de Colônia.

Fóssil do trilobita / Crédito: Divulgação/Brigitte Schoenemann

Esses animais antigos viveram durante a Era Paleozóica, rastejando no fundo das águas. O espécime em questão tinha apenas de um a dois milímetros de comprimento e dois olhos na parte de trás da cabeça. Um deles, no entanto, estava desgastado. O outro foi analisado a partir da microscopia digital.

Os cientistas observaram que o olho possuía estruturas internas que se pareciam muito com o que é possível ver em insetos modernos, como abelhas e libélulas, e alguns tipos de crustáceos. Segundo a pesquisa, o modo de funcionamento dos animais é similar: colmeias compostas por pequenas lentes são responsáveis pela visão.

Conforme explica Schoenemann, essas lentes funcionam "como em um gráfico de computador". Elas possuem, cada uma, uma unidade visual que fornece um único pixel. No caso do trilobita, ele possuia 200, mas as abelhas, por exemplo, podem ter até 30 mil pixels por olho. "Portanto, a resolução difere, mas não o princípio funcional”, afirma a pesquisadora.