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Notícias / Pré-história

Esqueleto de homem-pássaro intriga arqueólogos

Enterrado com um colar feito de crânios e bicos de aves, o cadáver de 5 mil anos foi encontrado na Sibéria

Joseane Pereira Publicado em 05/06/2019, às 11h36

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The Siberian Times
The Siberian Times

Na Sibéria, arqueólogos desenterraram um esqueleto que portava algo, no minímo, inusitado: um colar com dezenas de bicos e crânios de pássaros. Datados de 5 mil anos atrás, os restos do homem-pássaro foram encontrados na escavação de Ust-Tartas, em Novosibirsk, Sibéria.

O achado poderá revelar aspectos da cultura de Odinov, datada de 18 a 16 a.C., que habitou a Sibéria Ocidental no período conhecido como Idade do Bronze.

Sob o crânio do sujeito estavam cerca de 30 a 50 crânios de aves, assim como longos bicos. Embora as espécies ainda não tenham sido identificadas, acredita-se que eram grandes aves costeiras, como garças.

Segundo a pesquisadora do Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novosibirsk, Lidia Kobeleva, "Os objetos foram colocados como se quisessem cobrir o pescoço, como um colarinho”.

"Enquanto movíamos os ossos na área do pescoço, encontramos bicos de aves deitados de forma a cobrir o pescoço, como um colar. Por isso acreditamos que poderia ter sido parte de uma vestimenta. É difícil chamar isso de armadura, mas era a parte de uma roupa que protegia a pessoa", explicou a pesquisadora em entrevista concedida ao The Siberian Times.

Os arqueólogos ainda não identificaram a maneira como os restos de pássaros se prendiam um ao outro ou às roupas do cadáver, já que não foram detectados furos nos crânios e bicos.

E o homem-pássaro não estava sozinho: ao seu lado, foi localizada uma sepultura com duas crianças - de aproximadamente 5 e 10 anos - e o esqueleto de outro homem adulto, este separado por uma divisa de madeira. Perto de seu crânio foram encontrados uma máscara de bronze com buracos para os olhos e uma espécie de cruz. 

Os arqueólogos supõem que as pedras polidas, encontradas junto ao corpo do outro adulto, eram de uso cerimonial, o que indica que esse indivíduo possa ter realizados rituais  junto ao outro esqueleto. "Ambos os homens podem ter desempenhado papéis especiais na sociedade", afirmou Kobeleva.