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Esta é a face de um figurão da nobreza egípcia que viveu há 3500 anos

Ele passou por uma mumificação de luxo, mas seu corpo foi vandalizado

Thiago Lincolins Publicado em 20/06/2017, às 10h55 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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Reconstrução facial 3D do rosto de Nebiri   - Philippe Froesch
Reconstrução facial 3D do rosto de Nebiri - Philippe Froesch

Seu nome é Nebiri. Figura importante na corte egípcia, viveu há quase 3500 anos, no reino do faraó Tutmoses III e sofreu um processo de mumificação especial, garantindo a conservação quase perfeita de seus traços. Mas séculos apagam o prestígio e sua sepultura foi saqueada ainda na Antiguidade, com apenas a cabeça e órgãos dentro de jarros sobrando. 

A cabeça mumificada de Nebiri / Francesca Lallo

Nebiri era o "chefe dos estábulos", responsável por cuidar dos cavalos do faraó. O que restou dele foi encontrado em 1904 no "Vale das Rainhas", localizado em Luxor, pelo italiano Ernesto Schiaparelli. Dois anos atrás, uma análise revelou que ele morreu de insuficiência cardíaca "Ele tinha entre 45 e 60 anos quando morreu", diz Raffaella Bianucci, líder da pesquisa e antropóloga na Universidade de Turim ao Live Science.

Raffaella é parte do time de pesquisadores da Universidade de Turim que reconstruíram seu rosto e o seu cérebro - a segunda parte, algo raro, porque múmias quase sempre tinham seus cérebros removidos. Foi usado um programa de computador e técnicas de reconstrução facial 3D. O trabalho sugere que Nebiri era um homem com um grande nariz, mandíbula larga, lábios grossos e sobrancelhas retas.


O cérebro de Nebiri 

O corpo do dignatário teve um tratamento diferente de outras múmias. No Rio de Janeiro em 2013, no Congresso Mundial De Estudos em Múmias, foi revelado que a cabeça de Nebiri havia sido enrolada com lençóis que possuíam uma grande camada de gordura animal ou óleo vegetal e ervas aromáticas. A pesquisa atual realizada pelos arqueólogos da Universidade de Turim aponta que tiras de linho haviam sido colocadas também no nariz, olhos, boca e ouvidos, o que era incomum na época. "Essa mistura protegeu a cabeça e as outras partes de serem atingidas por insetos", diz Bianucci. Com esse procedimento a intenção dos egípcios era também de preservar o pescoço e os traços originais do rosto.