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Notícias / Ciência

Cenário apocalíptico: estudo aponta as consequências de guerra nuclear provocada por parte do arsenal mundial

A pesquisa, liderada pela NASA, imaginou o panorama catastrófico no mundo inteiro

Nicoli Raveli Publicado em 20/03/2020, às 09h56

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Momento em que a bomba Little Boy explodiu em Hiroshima - Crédito: Wikimedia Commons
Momento em que a bomba Little Boy explodiu em Hiroshima - Crédito: Wikimedia Commons

De acordo com um novo estudo realizado pela NASA e pela Universidade de Chicago, se menos de um por cento do arsenal nuclear do mundo fosse utilizado, seria capaz de gerar uma crise global de alimentos.

O evento, que colocaria mais de cinco milhões de toneladas de fumaça preta na atmosfera, bloquearia a luz solar, causando um efeito de resfriamento no mundo. A queda de temperatura atingiria a agricultura e, posteriormente, as reservas globais de alimento seriam completamente esgotadas cinco anos após o conflito.

Dessa maneira, a disponibilidade de alimentos seria reduzida em aproximadamente 20% em 71 países. “Agora sabemos que o conflito nuclear não seria apenas uma terrível tragédia na região onde acontece, é também um risco subestimado para a segurança alimentar global. Acontece que as principais regiões reduziriam as exportações, deixando os países em todo o mundo com falta de suprimentos”, explicou Jonas Jaegermeyr, pesquisador de Impacto Climático e de Estudos Espaciais da NASA e da Universidade de Chicago.

O pesquisador completou ao dizer que uma crise regional se tornaria global. O modelo feito pela equipe idealizou e estudou um cenário onde 100 bombas nucleares teriam o mesmo efeito do explosivo que foi jogado em Hiroshima, durante a Segunda Guerra Mundial. Os pesquisadores ainda ressaltaram que, mesmo com altas consequências, a quantidade de bombas utilizadas representa apenas 0,7% do arsenal global.

“Por mais horríveis que sejam os efeitos diretos das armas nucleares, mais pessoas podem morrer fora das áreas-alvo devido à fome, simplesmente por causa dos efeitos climáticos indiretos”, disse o co-autor Alan Robock, da Universidade Rutgers.

Ele também explicou que se tal evento acontecesse, as temperaturas cairiam 3,2 graus Fahrenheit e os estoques e sistemas de comércio internacional parariam em cerca de quatro anos.