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Notícias / Arqueologia

Estudo investiga camas de penas em túmulos de guerreiros suecos da Idade do Ferro

Uma das camas, que remonta ao século 7, é considerada a mais antiga já descoberta na região

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 31/03/2021, às 14h12

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Detalhes das camas descobertas - Divulgação/NTNU University Museum
Detalhes das camas descobertas - Divulgação/NTNU University Museum

O cemitério de Valsgärde, na Suécia, guarda duas tumbas muito peculiares, como descobriu e investigou um estudo publicado na revista científica Journal of Archaeological Science: Reports. Os esqueletos estavam deitados em camas de penas.

Como divulgou o SmithSonian, dois guerreiros que viveram na região durante a Idade do Ferro foram colocados em barcos para passarem para a vida após a morte. Com eles, estavam capacetes, espadas, escudos, entre outros utensílios.

Mas o mais curioso foi o local em que eles supostamente foram colocados: luxuosas camas feitas de penas. Em nota, Birgitta Berglund, autora do estudo e arqueóloga do Museu da Universidade NTNU, explicou que a prática não era comum entre as elites europeias antes da Idade Média, o que torna a descoberta rara.

Esta se tornou ainda a cama mais antiga já descoberta na Escandinávia, datando do século 7. Conforme a análise realizada, foi avaliado ainda que uma delas era composta por penas de pato e ganso. Já a outra era uma mistura entre penas de inúmeros pássaros, indo de gansos a corujas-águia.

Detalhes das penas das camas / Crédito: Divulgação/NTNU University Museum

Para Berglund, o fato de uma cama conter penas de pássaros diferentes pode ter uma importância simbólica. “Por exemplo, as pessoas acreditavam que usar penas de galinhas domésticas, corujas e outras aves de rapina, pombos, corvos e esquilos prolongaria a luta contra a morte”, disse a pesquisadora.

Além disso, ela também conta que “em algumas áreas escandinavas, as penas de ganso eram consideradas as melhores para permitir que a alma fosse liberada do corpo.”

“As penas fornecem uma fonte para obter novas perspectivas sobre a relação entre humanos e pássaros no passado. As escavações arqueológicas raramente encontram vestígios de pássaros além daqueles que eram usados ​​para alimentação”, concluiu a arqueóloga em comunicado.