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Estudo sugere que há quase 4 mil anos povos do Mediterrâneo tinham uma dieta muito mais diversificada do que pensávamos

Analisando placas dentárias de 16 esqueletos, os especialistas descobriram hábitos alimentares curiosos

Alana Sousa Publicado em 23/12/2020, às 12h00

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Pintura mostra o antigo mundo mediterrâneo - Wikimedia Commons
Pintura mostra o antigo mundo mediterrâneo - Wikimedia Commons

Na última segunda-feira, 21, um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revelou novos detalhes sobre a dieta de povos antigos do Mediterrâneo que pode mudar tudo que os estudiosos sabiam sobre o tema até então.

Através da placa dentária de 16 esqueletos, pesquisadores conseguiram definir que há, pelo menos, 3.700 anos as pessoas já comiam alimentos cultivados no Sul da Ásia, tais como: banana, soja, açafrão e gergelim. A análise muda o que era definido anteriormente, de que o comércio asiático na região teria iniciado no primeiro século d.C..

“Desde o início, os humanos se interessaram por sabores diferentes, comida exótica e culinária elaborada e se esforçaram muito para ter acesso a uma variedade de alimentos”, disse Philipp Stockhammer, professor do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana na Alemanha. O especialista ainda acrescentou que é preciso se livrar da “suposição de que as pessoas no passado só comiam o que crescia em seus arredores imediatos”.

O estudo ainda sugere que os hábitos alimentares indicam um forte sistema de globalização e importação de produtos, que já aconteciam há quase quatro mil anos. Os estudiosos explicam que o maior indício disso é que a soja, a banana e a cúrcuma eram alimentos básicos do Sul da Ásia, mas que depois foram sendo integrados em outras culturas.

A co-autora do artigo e professora assistente de Antropologia, Christina Warriner, declarou: “Nossas descobertas indicam que as sociedades antigas do Mediterrâneo Oriental e Sul da Ásia foram envolvidas no comércio e comunicação durante o segundo milênio a.C.”.

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.