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Notícias / Oriente Médio

EUA exige que Irã assuma responsabilidade por sumiço de ex-agente do FBI

Um juiz americano concedeu uma decisão que ordena o Irã a pagar US$ 1,45 bilhão à família do desaparecido

Giovanna de Matteo Publicado em 06/10/2020, às 12h25

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Fotos de Robert Levinson - Divulgação / Twitter
Fotos de Robert Levinson - Divulgação / Twitter

Um juiz dos Estados Unidos concedeu à esposa e aos filhos de Robert Levinson um pagamento de US$ 1,35 bilhão em danos punitivos e US$ 107 milhões em indenização por sequestro. 

A decisão ordenou ao Irã que pague US$ 1,45 bilhão à família de Levinson, que trabalhava como ex-agente do FBI quando desapareceu em março de 2007, durante viagem à ilha iraniana de Kish, no Golfo.

O governo do Irã, que sempre negou o conhecimento de sua situação ou localização, não se pronunciou até o momento. As autoridades americanas e seus parentes acreditam que ele morreu sob custódia iraniana.

A decisão tomada última quinta-feira, 1, do juiz Timothy Kelly em Washington, foi descrita pelos familiares em um comunicado como "o primeiro passo na busca por justiça".

"Até agora, o Irã não enfrentou consequências por suas ações", afirmaram. "A decisão do juiz Kelly não trará Bob de volta, mas esperamos que sirva como um alerta contra a tomada de reféns pelo Irã."

Operações

O governo americano afirmou que Levinson estava trabalhando no país do Oriente Médio como investigador particular, em nome de várias corporações. No entanto, a mídia dos EUA informou que ele estava numa missão não autorizada para a CIA.

Foi especulado que durante a viagem ele conheceu o fugitivo americano Dawud Salahuddin, e que após o encontro eles foram detidos pelas forças armadas iranianas. Ele disse que Levinson relatou envolvimento na investigação de contrabando de cigarros no Golfo e que, após o encontro, eles foram detidos pelas forças de segurança iranianas.

As notícias do paradeiro do ex-agente só foram surgir após quatro anos, em 2011, quando fotos - em que ele aparecia com um macacão laranja - foram enviadas para a família. 

No início de 2020, o diretor do FBIChristopher Wray disse à família do desaparecido que "a evidência mais confiável que coletamos nos últimos 13 anos aponta para a probabilidade de Bob ter morrido em cativeiro". Apesar disso, ele garantiu que as investigações para descobrir o que aconteceu não vão estagnar.