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Notícias / Regime Militar

Ex-oficial do Exército Brasileiro é denunciado por sequestro e morte de estudante na ditadura

Estudante participava do Partido Comunista do Brasil durante a ditadura

Redação Publicado em 27/07/2022, às 15h47

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Ministério Público Federal (MPF) em Goiás - Divulgação / Google Street View
Ministério Público Federal (MPF) em Goiás - Divulgação / Google Street View

O ex-oficial do Exército Brasileiro, Rubens Robine Bizerril foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal, pelo sequestro e morte do então estudante e militante do Partido Comunista do Brasil (PCB), Ismael Silva de Jesus. Os crimes teriam acontecido em Goiânia, em 12 de julho e 9 de agosto de 1972, segundo o MPF.

A denúncia veio do Grupo de Trabalho Justiça de Transição, que sugeriu a investigação de desaparecidos e mortos do Regime Militar, cujos crimes ainda estavam em andamento, ou não eram investigados e finalizados. O MPF pede, na denúncia, a condenação do ex-oficial do exército pelos crimes de sequestro e cárcere privado, falsidade ideológica, fraude processual e homicídio qualificado.

Mário Lúcio de Avelar, o promotor que assinou a denúncia, explicou que os crimes foram cometidos no contexto de um ataque generalizado e sistemático contra a população brasileira e, por essa razão, devem ser classificados como crimes de lesa-humanidade para os dins de direito, nessa qualidade, sendo imprescritíveis e insuscetíveis de anistia.

A morte do jovem

Nascido em 12 de agosto de 1953, em Palmelo, Ismael Silva foi estudante secundarista do Colégio Estadual Professor Pedro Gomes, em Goiânia, e foi militante do Partido Comunista Brasileiro, sendo identificado por um codinome, o de “Olavo”. Ismael atuava na administração da biblioteca local do PCB, em que o acervo ficava em sua residência, também em Goiânia.

De acordo com algumas investigações, Ismael ficou preso e foi torturado por quase um mês, depois disso, ele teria sido assassinado por militares. A morte dele foi divulgada como suicídio na época. Segundo o G1, o MPF ainda apurou que a cena do crime foi alterada e que os militares inseriram falsas informações no laudo necrológico da vítima, com o auxílio de médicos legistas.

A defesa do ex-militar não foi localizada até o momento.


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