Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Fábrica romana de 2 mil anos é encontrada em Israel

Amado por romanos, o molho de peixe era produzido em locais afastados da cidade por culpa do forte odor

Pamela Malva Publicado em 17/12/2019, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Estruturas usadas para produzir o garum - Autoridade de Antiguidades de Israel
Estruturas usadas para produzir o garum - Autoridade de Antiguidades de Israel

Se hoje o katchup é um queridinho, na Roma Antiga, era o garum que dominava a cena. Fossem ricas ou pobres, as pessoas amavam o molho de peixe fermentado e nunca deixavam faltar um frasco. Agora, uma fábrica desse condimento foi encontrada perto da cidade israelense de Ashkelon.

Datada de 2 mil anos, a pequena fábrica é um dos únicos locais industriais identificados que produzia o molho fermentado a base de peixe, sal e especiarias. A descoberta do centro de produção do condimento surpreendeu os arqueólogos. Isso porque essas construções são raras em Israel.

No local, foram encontradas piscinas onde os peixes eram guardados, cubas gigantes de gesso e potes usados para armazenar os líquidos. O tamanho da fábrica, no entanto, indica que a produção provavelmente era local, e não em grande escala.

Representação de como o garum era produzido / Crédito: Youtube

Um fato interessante é que, ao passo que o molho estava presente em todas as mesas romanas, sendo usado não só como alimento, mas também como medicamento, as fábricas ficavam isoladas, devido ao forte cheiro de peixe. Na época, leis determinavam que as produções deveriam acontecer fora dos centros urbanos.

Segundo os arqueólogos, quando o garum perdeu sua popularidade, a pequena fábrica do século 1 foi transformada em uma fábrica de vinho. Logo foram construídos fornos para a produção de garrafas e para a fermentação da bebida. Mais tarde, depois da conquista islâmica, o local foi abandonado, por volta do século VII.