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Notícias / Afeganistão

Preço da sobrevivência: Família afegã vende bebê para conseguir comer

A população do país tem feito tudo que pode para sobreviver à fome que tem tomado conta do território

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 25/10/2021, às 16h58

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Trecho de reportagem mostrando uma bebê que foi vendida - Divulgação/ BBC
Trecho de reportagem mostrando uma bebê que foi vendida - Divulgação/ BBC

No Afeganistão, uma família vendeu um bebê por 500 dólares, medida desesperada para conseguir dinheiro para se alimentar, conforme divulgado por um documentário da BBC publicado nesta segunda-feira, 25. A situação, infelizmente, não é um caso isolado. 

O comprador, que virá levar a menina quando ela for capaz de andar, disse que pretende casá-la com seu filho, porém não é possível ter certeza se cumprirá o que disse.

Ele pagou a primeira metade da quantia aos pais da jovem, o que, para eles, será o suficiente para aguentarem mais alguns meses. 

"Minhas outras crianças estavam morrendo de fome, então tivemos que vender minha filha. Como posso não ficar triste? Ela é minha filha. Eu queria que não precisasse fazer isso", relatou a mãe da menina em entrevista ao veículo.  

"Nós estamos morrendo de inanição. Nesse momento, não temos farinha ou óleo em casa. Não temos nada", afirmou o patriarca da família, que trabalha como catador de lixo. 

O território tido uma escalada de pobreza e fome após a ajuda humanitária ter sido cortada, medida que foi uma resposta à tomada do poder pelo Talibã, governo considerado ilegítimo pela maior parte do restante do mundo. 

Infelizmente, órgãos como o sistema de saúde afegão, por exemplo, eram financiados quase que inteiramente pelo dinheiro enviado por outros países.

Sem ele, os hospitais enfrentam falta de equipamentos e remédios, de forma que mesmo caso as famílias levem seus recém-nascidos para alguma unidade de saúde, não existe muito que possa ser feito pelos pequenos. 

Ainda de acordo com a BBC, existe quase um milhão de crianças que sofrem risco de vida no Afeganistão nesse momento.