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Notícias / Crimes

Faxineira pula de sacada para fugir de seu agressor após ser estuprada

Imagens de segurança do condomínio onde o acusado mora revelaram o momento em que a diarista cogita saltar, no Piauí

Pamela Malva Publicado em 21/07/2021, às 08h00

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Imagens das câmeras de segurança - Divulgação/ Vídeo/ G1
Imagens das câmeras de segurança - Divulgação/ Vídeo/ G1

Na última quarta-feira, 14, o advogado Jefferson Moura Costa foi preso em flagrante após ser acusado de estuprar uma faxineira, na Zona Leste de Teresina, no Piauí. Agora, vídeos das câmeras de segurança do condomínio onde o suspeito mora mostram a movimentação da vítima, que fugiu pulando da sacada do segundo andar, segundo o G1.

Inicialmente, as gravações mostram a diarista chegando no condomínio com o advogado. Horas depois, é possível perceber o momento em que a vítima cogita pular da sacada. Mesmo sem registrar o salto da mulher, então, as imagens mostram a vítima correndo pela garagem do condomínio, a fim de procurar alguma ajuda.

Em seu depoimento, a diarista afirmou que foi chamada por Jefferson para realizar uma limpeza no apartamento. Ao chegar na residência, contudo, ela foi abordada pelo advogado, que a agarrou e a estuprou. Em seguida, ele teria ameaçado a vítima, dizendo que a mataria com um disparo de arma de fogo, segundo o G1.

Ainda de acordo com o testemunho colhido pela polícia, a mulher afirmou que, depois de estuprá-la, Jefferson sentou-se no sofá e começou a ler um livro. Foi nesse momento que a diarista começou a procurar maneiras de fugir, enquanto fingia limpar a casa de seu agressor. Ela, então, percebeu que conseguiria pular e assim o fez.

Eventualmente, a diarista conseguiu pedir ajuda em um segundo apartamento, cujo morador chamou a polícia. Já acolhida pelas autoridades, a mulher foi levada até o Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS), onde testes específicos confirmaram o crime que teria sido cometido contra ela.

Para a delegada Vilma Alves, contudo, os resultados não são a única prova do estupro. Em entrevista ao G1, a coordenadora da Delegacia de Atendimento à Mulher afirmou que as imagens das câmeras de segurança também confirmam a versão da diarista.

Momento em que a diarista chega ao condomínio ao lado do advogado / Crédito: Divulgação/ Vídeo/ G1

Mais acusações

Segundo documentos da polícia do Piauí, o advogado estava acompanhado por uma segunda faxineira no dia em que foi abordado pelos oficiais. O problema é que, além da diarista que conseguiu fugir, outras quatro mulheres afirmaram que também foram vítimas de Jefferson. Com isso, a prisão preventiva do advogado foi decretada.

Após o episódio, a Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidade da qual o advogado fazia parte, decidiu abrir, através do Tribunal de Ética e Disciplina, um processo disciplinar com o objetivo de investigar a conduta de Jefferson, que já teve seu registro suspenso.

Preso na Penitenciária Irmão Guido desde a última sexta-feira, 16, o advogado ainda responde por outros crimes, como o assassinato do cabo do Exército Arione de Moura Lima. Ocorrido em abril de 2010, o caso ainda não foi julgado pela Justiça do Piauí.

Mesmo assim, de acordo com os documentos do processo, Jefferson teria atirado no peito do cabo, que estava na calçada de sua própria casa. Durante as investigações, o advogado chegou a ser preso, mas acabou sendo colocado em liberdade novamente.

Em 2014, o Ministério Público (MP) pediu pela prisão preventiva do suspeito, que havia sido preso em flagrante por corrupção ativa, desacato e porte ilegal de arma, em Teresina. Ainda mais, o MP afirmou que, após ser solto em 2010, o advogado também se envolveu em um acidente de carro que culminou na morte de duas pessoas.

No pedido, o órgão deixou claro que Jefferson poderia comprometer a ordem pública caso permanecesse em liberdade. Quando analisado pela Justiça, contudo, o pedido do MP foi negado pelo juiz Nilcimar R. de A. Carvalho, da 5ª Vara da Comarca de Picos.