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Notícias / Brasil

Feminicídio cresce em 2019, e Brasil tem 1 caso a cada 7 horas

Uma pesquisa revelou uma alta de 7,3% nos casos de feminicídio, pelo segundo ano consecutivo

Alana Sousa Publicado em 05/03/2020, às 13h00

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Imagem meramente ilustrativa - Getty Images
Imagem meramente ilustrativa - Getty Images

Em 2019, o Brasil teve alta de 7,3% nos casos de feminicídio. A pesquisa foi realizada pelo portal G1, que coletou os dados oficiais de todos os estados brasileiros e fez uma comparação com o ano de 2018. Os resultados foram divulgados na manhã de hoje, 5.

O estudo revelou que a cada 7 horas, uma mulher é assassinada. No ano passado, chegou a um impressionante número de 1.314 vítimas. Para calcular a quantidade de mortes, o G1 mantém uma parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da Violência da USP, o programa é intitulado: Monitor da Violência.

Apesar do número de feminicídio crescer, o Brasil experimenta uma baixa no índice de assassinatos — o menor já registrado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública —. Em 2019, o país teve uma queda de 19% se comparado com o ano anterior.

Por dois anos seguidos, 2018 e 2019, observamos o número de homicídios cair e o de feminicídio crescer. Para o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, o que aconteceu é uma alta no registro de ocorrências, e não, necessariamente, no aumento de casos.

Desde que a lei do feminicídio entrou em vigor, em 2015, mortes que antes seriam consideradas homicídios, se enquadram agora na categoria específica para mortes de mulheres baseados no fator do gênero. “A Polícia Civil entende que nós devemos ter esse cuidado com as nossas mulheres porque, em muitos desses crimes, o homem não teria sido vítima”, afirmou Cândido em entrevista ao G1.

“É importante, também, fortalecer e investir em políticas de educação voltadas à equidade de gênero e na valorização da dignidade e dos direitos humanos das mulheres, bem como em políticas preventivas em todos níveis de governo”, declarou Debora Piccirillo e Giane Silvestre, membros do Núcleo de Estudos da Violência da USP.