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Notícias / Arqueologia

Filhote de leoa-das-cavernas pode ser o animal da Era do Gelo mais conservado já descoberto

O animal, que viveu há 28 mil anos, foi mumificado pelo gelo e encontrado por caçadores de presas de mamute na Sibéria

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 07/08/2021, às 09h00

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Fotografia mostrando a leoa mumificada - Divulgação / Love Dalén/ Arquivo Pessoal
Fotografia mostrando a leoa mumificada - Divulgação / Love Dalén/ Arquivo Pessoal

Enquanto exploravam uma gruta na Sibéria, caçadores de presas de mamute acabaram fazendo uma descoberta surpreendente. Segundo informações repercutidas pelo G1 na última sexta-feira, 06, tratam-se de dois filhotes de leão-das-cavernas da Era do Gelo.

Ainda que os animais tenham sido encontrados entre 2017 e 2018, o estudo dos restos foi finalizado só este ano. Nesse sentido, os especialistas revelaram que o exemplar mais intrigante entre os animais é de uma fêmea, que, apesar de possuir 28 mil anos, segundo estimado pelos pesquisadores, está em um impressionante estado de preservação

Batizada de Sparta pelos cientistas que a estudaram, a leoa pré-histórica, que foi mumificada pelo gelo, possuía até mesmo seus bigodes ainda conservados.

Fotografia mostrando Sparta / Crédito: Divulgação/ Love Dalén/ Arquivo Pessoal

Foi absolutamente impressionante. Você sabe que pode encontrar algo, mas parecia que tinha morrido há apenas dois dias”, comentou o professor Love Dalén, que foi o principal autor do estudo, em entrevista ao Euronews.

O especialista afirmou ainda que Sparta provavelmente é o animal da Era do Gelo mais conservado já encontrado. O outro filhote, por sua vez, foi chamado de Boris e é ainda mais antigo, tendo cerca de 43,5 mil anos de idade. 

Outras fotografias do estudo / Crédito: Divulgação/ Q Quarternary

O fato de dois leões-das-cavernas terem sido enterrados a poucos metros de distância um do outro na mesma caverna da Sibéria indicou ainda que aquele era um local usado com frequência pela espécie para procriação. Para os cientistas, a descoberta das múmias ainda ajuda a identificar algumas das características dos leões do passado. 

Conforme repercutido pela Euronews, uma análise dos dentes dos filhotes revelou, por exemplo, que os animais precisavam começar a consumir carne mais cedo, provavelmente para conseguir resistir aos invernos implacáveis da região.