Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Paleontologia

Filhotes de Megalodon alcançavam grandes tamanhos por comerem uns aos outros no útero, diz estudo

Ao nasceram, os animais pré-históricos já mediam cerca de 2 metros de comprimento

Penélope Coelho Publicado em 13/01/2021, às 09h31

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem ilustrativa de um filhote de Megalodon - Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa de um filhote de Megalodon - Wikimedia Commons

De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Historical Biology, especialistas de universidades norte-americanas concluíram que os filhotes do gigantesco tubarão Megalodon já nasciam muito grandes por um motivo: eles comiam uns aos outros dentro do útero. As informações foram repercutidas na última segunda-feira, 11, pelo portal Galileu.

Segundo os pesquisadores, os filhotes já nasciam medindo cerca de 2 metros e na fase adulta chegavam a medir pelo menos 15 metros de comprimento. O grande animal marinho viveu entre 15 milhões e 3,6 milhões de anos atrás, sua história ainda é envolta em inúmeros mistérios, como, a sua enigmática extinção.

Através da análise de um fóssil de Megalodon localizado no Instituto Belga Real de Ciências Naturais, em Bruxelas, os cientistas perceberam que possivelmente os filhotes de Megalodon foram os maiores do mundo. Com o novo estudo, acredita-se que os gigantes tubarões cresciam cerca de 16 centímetros por ano, pelo menos até alcançarem 46 anos.

Gráfico que mostra o crescimento do grande tubarão / Crédito: Divulgação/ DePaul University/ Kenshu Shimada

Além disso, observando as faixas de crescimento do predador pré-histórico, os pesquisadores concluíram que os animais já cresciam consideravelmente dentro do útero.

Tudo acontecia através de uma prática chamada de oofagia, ou seja, a alimentação através de outros ovos ainda dentro do útero. De acordo com os especialistas, essa prática é comum a todos os tubarões lamniformes que vivem nos mares atualmente.

De acordo com o coautor do estudo, Martin Becker, as revelações da pesquisa ajudam a compreender melhor sobre a biologia desse animal pré-histórico:

“Os resultados desse trabalho lançam uma nova luz sobre a história de vida do megalodonte: não apenas como cresceu, mas também como seus embriões se desenvolveram, como deu à luz e por quanto tempo poderia ter vivido”, finalizou o pesquisador.