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Notícias / Arqueologia

Fósseis de 22 bichos-preguiça gigantes, da Era do Gelo, são encontrados no Equador

Restos dos animais de 20 mil anos, que tinham o tamanho de um elefante, estavam preservados no asfalto

Fabio Previdelli Publicado em 04/05/2020, às 11h12

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Pesquisadores analisando fósseis - Divulgação
Pesquisadores analisando fósseis - Divulgação

Os restos fósseis de 22 preguiças da Era do Gelo, de cerca de 20 mil anos, foram encontradas preservadas em um asfalto no Equador. Segundo os pesquisadores, os espécimes — que incluíam 15 adultos, cinco crianças e dois recém-nascidos ou fetos — foram desenterrados em um local chamado Tanque Loma, que fica na península de Santa Elena.

Pesando várias toneladas, as preguiças — da espécie Eremotherium laurillardi — tinham o tamanho de elefantes e eram capazes de se mover rapidamente com apenas duas pernas, ao contrário de seus parentes modernos.

Esqueleto montado de um Eremotherium laurillardi em exposição no Museu de Ciências Naturais de Houston / Crédito: Wikimedia Commons

Embora os restos tenham sido encontrados no asfalto, os especialistas acreditam que os animais não tenham morrido por ficarem presos em um poço de piche, mas sim por beberem água contaminada por suas próprias fezes.

Foi só então que uma infiltração de asfalto preservou os animais, que estavam juntos com os restos de um cavalo, um cervo e outros dois animais: um parecido com um elefante e outro com um tatu.

“Por muito tempo, todo mundo pensou no cenário clássico do Poço de Piche de La Brea, onde um grande herbívoro ficava preso no asfalto, depois um bando de carnívoros era atraído pelo animal preso e ficava preso também, depois os pássaros ficavam presos, os insetos ficariam presos etc”, explicou Emily Breasey, autora principal do estudo, curadora assistente e diretora de escavações do Poço de Piche de La Brea.

Esqueleto montado de uma preguiça gigante em exposição no Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte / Crédito: Wikimedia Commons

“Nada ficou preso no Tanque Loma! Os animais morreram em um ambiente aquático, como muitos outros locais fósseis, e os ossos foram preservados por sorte por infiltração de asfalto. Fiquei impressionado quando percebi isso pela primeira vez”.

As conclusões completas do estudo foram divulgadas em um artigo publicado na revista Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.