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Notícias / Paleontologia

Fóssil de 55 milhões de anos revela passado das anchovas

A descoberta trouxe novidades sobre a espécie que vivia de maneira diferente há milhares de anos

Penélope Coelho Publicado em 14/05/2020, às 11h30

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Ilustração de anchovas gigantes - Divulgação
Ilustração de anchovas gigantes - Divulgação

Atualmente, a Anchova, uma espécie pequena de peixe, é muito usada como recheio de pizzas. No entanto, a realidade há 55 milhões de anos atrás, era bem diferente. Nessa época, esses peixes eram conhecidos como grandes predadores, que se alimentavam de outros peixes.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Michigan analisou fósseis de anchovas, encontrados em lugares distintos: no Paquistão e na Bélgica. O estudo está abrindo a fronteira de análises sobre o período após a extinção dos dinossauros, algo que aconteceu aproximadamente há 60 milhões de anos.

Para analisar as espécies, os pesquisadores utilizaram tecnologias de ponta ao investigar os fósseis, comparando-os com as anchovas modernas. As imagens demonstraram a existência de dentes salientes e um único dente de sabre, chamando a atenção dos estudiosos — já que essa presa é típica de animais predadores.

Anatomia craniana das anchovas extintas / Crédito: Divulgação 

Anchovas Gigantes

O tamanho dos peixes foi algo que também despertou curiosidade. Através de fragmentos fósseis é difícil estipular a medida exata das anchovas extintas, porém, foi possível ter alguma noção, deixando evidente a diferença da espécie antiga e atual. Os cientistas analisaram as cabeças dos fósseis e estipularam que a espécie possa ter medido um metro e vinte, aproximadamente.

Segundo a revista científica Royal Society Open Science, a presença dessas anchovas gigantes ocorreu diante de um fator singular: "Após a extinção em massa, houve essa justaposição de peixes muito familiares e ramificações completamente estranhas, experimentos evolutivos bizarros”, afirmou o pesquisador Alessio Capobianco, da Universidade de Michigan.

O intuito dos cientistas depois dessa descoberta é entender quando esse animal foi extinto e como se deu a evolução da espécie para a que conhecemos atualmente. Para os pesquisadores, o gosto dos fósseis de anchova deveria ser bem diferente do atual, já que eles se alimentavam de outros peixes e não de plânctons.