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Notícias / Arqueologia

Fóssil de cobra com visão infravermelha de 48 milhões de anos é descoberto por cientistas alemães

O animal do gênero Eoconstrictor foi encontrado em um sítio arqueológico da Unesco prestes a se tornar um lixão

Daniela Bazi Publicado em 19/03/2020, às 16h00

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Imagem ilustrativa de uma cobra - Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa de uma cobra - Wikimedia Commons

Dois cientistas do Museu Nacional de História Senckenberg, na Alemanha, descobriram o fóssil de uma possível nova espécie de cobra, de 48 milhões de anos, com a capacidade de visão infravermelha, dentro de um sítio arqueológico Patrimônio da Unesco, chamado Messel Pit e que, por pouco, não virou um lixão.

Os pesquisadores Agustín Scanferla e Krister Smith estudavam a evolução das serpentes, quando fizeram a nova descoberta. De acordo com Smith, "Primeiro, descobrimos que ao que se pensava, a espécie não pertencia ao gênero Palaeopython, mas, sim, ao gênero Eoconstrictor, que está relacionado às jiboias-constritoras sul-americanas".

Fóssil encontrado da cobra do gênero Eoconstrictor / Crédito: Senckenberg Research Institute and Natural History Museum

A cobra fossilizada, assim como seus descendentes atuais, possuía o órgão sensorial responsável por detectar as variações de temperatura, chamado de fosseta loreal. Segundo Krister "No entanto, no Eoconstrictor fischeri estes órgãos estavam presentes apenas na mandíbula superior. Além disso, para nossa surpresa, não há indícios que esta serpente preferisse presas de sangue quente. Até agora, só conseguimos detectar presas de sangue frio de animais como crocodilos e lagartos em seu estômago e conteúdo intestinal"

As novas pesquisas sugerem que as primeiras fossetas loreais das cobras poderiam servir apenas para uma percepção sensorial do local, e não com o objetivo de caça e defesa como acontece com os animais dos dias de hoje.