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Notícias / Paleontologia

Fóssil de tubarão de 150 milhões de anos é encontrado na Baviera

Espécie pré-histórica pertencia a grupo parente dos tubarões que conhecemos hoje. Confira a imagem!

Fabio Previdelli Publicado em 18/01/2021, às 13h28

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Representação do tubarão - Divulgação/ Sebastian Stumpf/
Representação do tubarão - Divulgação/ Sebastian Stumpf/

No calcário de Solnhofen, na Baviera, Alemanha, pesquisadores encontraram o esqueleto de um tubarão que viveu há 150 milhões de anos: o Asteracanthu. O estudo sobre a descoberta foi detalhado em publicação do Papers in Palaeontology

Durante o período Jurássico Superior, a região abrigava várias lagoas. Além do tubarão, o local já foi alvo de diversas escavações ao longo dos últimos 150 anos. Em uma das mais significativas entre elas, arqueólogos encontraram ossos do dinossauro Archaeoptery. 

Porém, o recente achado deixou os pesquisadores ainda mais impressionados devido ao estado de preservação dos restos do tubarão, afinal, o esqueleto cartilaginoso da espécie dificulta esse processo. Uma prova disso é que, até então, a paleontologia só havia encontrado alguns espinhos das barbatanas dorsais da criatura. 

Esqueleto do tubarão / Crédito: Divulgação

O tubarão pré-histórico pertencia ao grupo Hybodontiformes, parentes dos tubarões que conhecemos hoje. Apesar de a descoberta envolver um animal que viveu há 150 milhões de anos, a espécie apareceu há cerca de 361 milhões de anos, sendo extinta junto aos dinossauros, há 66 milhões de anos.  

Uma das características da espécie é que elas tinham duas nadadeiras dorsais sustentadas por uma espinha proeminente. Um fato curioso é que esses tubarões podiam medir entre poucos centímetros e três metros de comprimento.  

Segundo análises feitas por Sebastian Stumpf, do Departamento de Paleontologia da Universidade de Viena, na Áustria, que liderou a equipe de pesquisadores, o fóssil encontrado pertence a um tubarão que media cerca de 2,5 metros quando ainda estava vivo, o que o tornara um dos maiores de sua espécie na época.  

O processo de fossilização do Asteracanthus também manteve seus mais de 150 dentes, com cada um deles possuindo uma cúspide central acompanhada por cúspides menores nos dois lados.

"Este tipo de dentição sugere que o Asteracanthus era um predador ativo, que se alimentava de uma grande variedade de presas. Ele não só era um dos maiores peixes cartilaginosos de sua época como também era um dos mais impressionantes deles, certamente", explicou Stumpf em um comunicado.