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Notícias / Paleontologia

Fóssil revela que réptil marinho extinto teria comido mais do aguentava

Há 240 milhões de anos, a criatura teria “mordido mais do que podia mastigar”, causando a própria morte

Ingredi Brunato Publicado em 20/08/2020, às 15h13

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Representação artística de um ictiossauro. - Wikimedia Commons
Representação artística de um ictiossauro. - Wikimedia Commons

Nesta quinta-feira, 20, foi publicado na iScience um artigo detalhando a descoberta de um fóssil de ictiossauro - um réptil marinho da era dos dinossauros - com restos semi digeridos de um talatossauro no estômago, outro réptil marinho apenas ligeiramente menor. 

A última refeição do predador marinho era nada menos que outro predador marinho: quando vivos, o ictiossauro tinha 4,8 metros de comprimento, enquanto o talatossauro tinha 4 metros. Segundo os pesquisadores, a ocorrência é altamente incomum. O que se acreditava sobre o ictiossauro até então, seguindo a análise de seus dentes, era que a criatura comia principalmente lulas. 

"Se isso estiver correto, então pode sugerir que o predador tinha 'mordido mais do que podia mastigar', por assim dizer, no sentido de que foi uma refeição muito maior do que o previsto e que poderia ter levado à sua morte”, comentou o paleontólogo Dean Lomax, em entrevista para a Live Science. 

Essa descoberta desafiaria o que os pesquisadores acreditam a respeito da cadeia alimentar nos oceanos de 240 milhões de anos atrás, mostrando que mesmo as criaturas que não tinham dentes tão afiados poderiam ser, na verdade, ferozes mega predadores. Ou então, pode ter sido o caso isolado de um ictiossauro guloso demais para seu próprio bem.