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Notícias / Arqueologia

Garoto de 13 anos descobre tesouro da Era Viking

Com seu professor e um detector de metais, ele localizou um tesouro possivelmente pertencente a Harald-Dente Azul

Fábio Marton Publicado em 16/04/2018, às 13h33 - Atualizado às 14h48

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Várias das moedas encontradas - Picture Alliance / DPA / S. Sauer
Várias das moedas encontradas - Picture Alliance / DPA / S. Sauer

De começo, eles acharam que era lixo. O pedaço de metal que Luca Malaschnitschenko e seu professor e arqueólogo amador Rene Schöm acharam perto da vila de Schaprode, na Ilha de  Rügen, pareceu-lhes um fragmento qualquer de alumínio deixado por um turista porcalhão. Examinando com mais cuidado, notaram que era prata. E chamaram as autoridades competentes.

A história foi reportada por vários meios alemães, como a Deutsche Welle. Ao longo do fim-de-semana seguinte, com a ajuda de uma equipe de arqueólogos ajudada pelo garoto, uma área de 400 m² foi investigada e dela foi recuperado um imenso tesouro arqueológico. São 600 moedas de prata, colares trançados, pérolas, broches, anéis e um pingente com o martelo de Thor.

100 dessas moedas são do reino de Harald I (r. 958-886), o famoso Harald Dente-Azul, o primeiro rei viking a se converter ao cristianismo, cujo nome em inglês, Bluetooth, inspiraria a empresa sueca Ericsson a batizar sua tecnologia de rádio de curta distância em 1994. De fato, o rei é um dos marcos do fim da Era Viking: com a conversão, os reis nórdicos se integraram à diplomacia europeia. Fazendo invasões com outras justificativas

De acordo com o arqueólogo Michael Schirren, chefe da escavação, à agência de notícias estatal alemã, "este achado é a maior descoberta de moedas [do reino] de Dente-Azul na região do sul do Báltico e é, portanto, de grande importância".

A moeda mais antiga é um dirhan de Damasco, datado de 714 — moedas islâmicas são um achado comum entre os vikings. A mais recente é de 983, fim do reino de Dente-Azul, que fugiu do país numa guerra com seu filho, em 986, e morreu no ano seguinte na Pomerânia. O que é um indício que o butim pertenceu ao rei.