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Notícias / Gêmeos siameses

Gêmeos siameses brasileiros que dividiam cérebro são separados

Operação de 33 horas feita por equipes do Brasil e Reino Unido separou Arthur e Bernardo de Lima, de três anos

Redação Publicado em 04/08/2022, às 09h51

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Os gêmeos Arthur e Bernardo de Lima - Divulgação/Gemini Untwined
Os gêmeos Arthur e Bernardo de Lima - Divulgação/Gemini Untwined

Gêmeos siameses brasileiros unidos pela cabeça e que dividiam o cérebro foram separados após uma operação de 33 horas composta por duas cirurgias realizadas por equipes do Brasil e do Reino Unido.

Arthur e Bernardo de Lima têm três anos e nasceram em Roraima, mas passaram os últimos dois anos e meio sob cuidados do hospital Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio de Janeiro, onde devem ficar em reabilitação por mais seis meses.

Os pequenos passaram por duas cirurgias: uma delas foi realizada para separar o cérebro, até então unido; e uma segunda para a recuperação do crânio de cada um deles.

Para que o procedimento fosse bem sucedido, os médicos usaram uma cirurgia experimental em realidade virtual antes como preparação, sendo esta a primeira vez que a tecnologia foi usada no Brasil, segundo o portal Terra.

De acordo com a Gemini Untwined, instituição britânica especialista em cirurgias do tipo, o caso dos gêmeos brasileiros pode ser considerado o mais complexo realizado até então. Alguns especialistas chegaram a afirmar que a cirurgia seria impossível.

"A separação foi a mais desafiadora até agora, pois os meninos compartilhavam veias vitais no cérebro", escreveu a Gemini Untwined em seu site oficial.

Gêmeos craniópagos

Embora as duas últimas cirurgias tenham sido responsáveis por, de fato, separar os gêmeos, os dois passaram por sete procedimentos no total que envolveram 100 equipes médicas. A cirurgia que separou o cérebro foi a que mais demorou, enquanto a última, focada na reconstrução craniana, levou cerca de oito horas.

"Como pai, é sempre um privilégio especial poder melhorar o resultado para essas crianças e sua família", disse o médico Owase Jeelani, chefe da equipe do Reino Unido.

"Não apenas fornecemos um novo futuro para os meninos e suas famílias, mas também equipamos a equipe local com as capacidades e a confiança para realizar um trabalho tão complexo com sucesso novamente no futuro", acrescentou.


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