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Notícias / Gloria Perez

Gloria Perez desabafa sobre leis no Brasil: ‘Quanto mais violentos são os crimes, mais benevolentes são as leis'

Gloria Perez comenta sobre revolta no caso da filha, Daniella Perez, que morreu há 30 anos

Redação Publicado em 20/07/2022, às 14h26

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Gloria Perez em entrevista - Divulgação / HBOMAX
Gloria Perez em entrevista - Divulgação / HBOMAX

Em dezembro de 1992, o assassinato de Daniella Perez, de 22 anos, trouxe uma comoção nacional, principalmente no ramo artístico. Ela estava no auge da carreira, na novela 'De Corpo e Alma', da TV Globo, e contracenava com o ator Guilherme de Pádua. Daniella foi morta por ele e por Paula Thomaz, então esposa do artista.

O corpo da jovem foi encontrado no Rio de Janeiro com várias perfurações. Na próxima quinta-feira, 21, estreia o documentário 'Pacto Brutal, o assassinato de Daniella Perez', da HBOMax, que revela mais detalhes sobre o caso. A mãe de Daniella, a escritora Gloria Perez, abriu os autos do processo e seus arquivos, para a realização da produção.

A escritora deu uma entrevista à BBC News Brasil, via G1, e desabafou sobre a situação do país: "Quanto mais violentos são os crimes, mais benevolentes são as nossas leis penais". Segundo ela, a revolta contra crimes violentos é da sociedade e não do Legislativo.

O documentário

Gloria falou sobre o documentário que conta a tragédia envolvendo sua filha, revelando o que de novo ele traz: “O documentário tem como foco os autos do processo. É isso que ele traz de novo. O que ficou conhecido são as muitas versões sensacionalistas com que os assassinos alimentaram a imprensa durante os anos de espera para o julgamento. É através dos autos que você pode entender porque nenhuma dessas versões restou de pé”.

A escritora também relatou a dor da perda e a revolta com as leis no Brasil, já que os culpados pelo crime ficaram pouco tempo na cadeia: “Na matemática da justiça brasileira, a pena aplicada aos réus, por mais alta que seja, é só para impressionar. Na prática, ela se dissolve em quase nada”.

Ela também afirmou que o caso de Daniella não foi um caso de feminicídio: “Foi um crime por ganância pelo sucesso, praticado por um casal de psicopatas de modo absolutamente ritualístico”.