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Notícias / Personagem

‘Golpista do Tinder’ se defende em entrevista: “Um filme completamente inventado"

Pela primeira vez após a estreia da produção da Netflix, Simon Leviev fala sobre as acusações de estelionato

Fabio Previdelli Publicado em 19/02/2022, às 12h53

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Simon Leviev, o 'Golpista do Tinder' - Divulgação/Instagram/Simon Leviev
Simon Leviev, o 'Golpista do Tinder' - Divulgação/Instagram/Simon Leviev

Desde a estreia do documentário ‘O Golpista do Tinder’, no início de fevereiro, o nome de Simon Leviev passou a ser assunto recorrente nas redes sociais. Afinal, conforme aponta a produção da Netflix, o israelense é acusado de aplicar golpes financeiros em mulheres de todo o mundo — seus desfalques financeiros já teriam ultrapassado a casa dos 10 milhões de dólares. 

Conforme relatado pela equipe do site do Aventuras na História, após a estreia da produção, Simon acabou deletando sua conta no Instagram, contudo, antes disso, ele publicou uma mensagem dizendo que contaria, em breve, seu lado da história. 

Simon Leviev, o 'Golpista do Tinder'/ Crédito: Divulgação/Instagram/Simon Leviev

Pelo visto, a espera acabou, visto que o israelense foi entrevistado pelo programa ‘Inside Edition’, que irá ao ar nos Estados Unidos entre os dias 21 e 22 de fevereiro. "Eu era apenas um cara solteiro que queria conhecer algumas garotas no Tinder, não sou o golpista do Tinder".

Eles [Netflix] anunciam como se fosse um documentário, mas na verdade é como um filme completamente inventado", continuou Leviev.

O 'Golpista do Tinder'

'O Golpista do Tinder’ se tornou uma das produções mais populares da Netflix que estrearam em 2022. Ao relatar as artimanhas de Simon Leviev, o documentário mostra como um sujeito, que se passou como filho de um magnata dos diamantes, conseguiu aplicar golpes em mulheres do mundo inteiro. 

Estima-se que o golpista, até então, já tenha sido responsável por um desfalque acumulado de mais de 10 milhões de dólares, segundo reportado pela própria plataforma de streaming. Apesar das tramóias que fora acusado, Leviev não foi preso por isso. 

O modus operandi

Como o próprio nome da produção já diz, ele encontrava suas vítimas através do Tinder, uma das plataformas de relacionamento mais usadas do mundo.

Por lá, seu perfil sempre atraia uma infinidade de pretendentes, que se encantavam com o sujeito bem-vestido e endinheirado que demonstrava conhecer os lugares mais sofisticados do mundo.  

Mas tudo não passava de uma farsa, afinal, nem mesmo Simon Leviev existia de verdade. A realidade é que o israelense Shimon Hayut havia adotado o nome depois de sair fugido de sua terra natal para evitar ser preso por crimes relacionados a fraudes. 

Simon Leviev, o 'Golpista do Tinder'/ Crédito: Divulgação/Instagram/Simon Leviev

Para ajudar na fantasia que criava para suas vítimas, ele foi acusado de se apresentar como herdeiro de um magnata dos diamantes e SEO da LLD Diamonds. Como uma forma de ‘validar’ suas mentiras, seus primeiros encontros com suas vítimas eram repletos de luxos e regalias, que iam desde restaurantes sofisticados, presentes caros e até mesmo exuberantes viagens em seu jatinho particular. 

Na realidade, porém, o dinheiro usado para isso vinha de outras vítimas que ele já havia enganado, conforme aponta o documentário. O que transformava seu golpe em uma grande pirâmide de estelionato. Mas como ele conseguia isso?

Apesar da ‘riqueza’, Simon dizia enfrentar dificuldades com seus concorrentes de mercado, afirmando ser perseguido constantemente por eles. Seu poder de convencimento era tamanho que suas vítimas passavam a temer por sua vida e se demonstravam dispostas a ajudá-lo de qualquer maneira. 

Após enviar a foto de seu suposto segurança particular ensanguentado, Leviev dizia que seus inimigos estavam rastreando suas compras através de seu cartão de crédito.

Assim, pedia dinheiro emprestado para suas vítimas — que em muitas ocasiões lhe davam quantias exorbitantes e até mesmo cediam seus próprios cartões. 

O reembolso, porém, nunca ocorria, até que elas se dessem conta da furada que caíram. No documentário da Netflix, somos apresentados, em ordem cronológica, a três delas: Cecilie Fjellhøy, Pernilla Sjöholm e Aylee Charlotte