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Notícias / Coreia do Norte

Gordinho no trem: Os nomes dados a Kim Jong-un pelos chineses

É tradicional entre os chineses criar codinomes para aquilo que o governo não quer que ninguém saiba. E eles não perdoaram o norte-coreano

Fábio Marton Publicado em 05/06/2019, às 00h00 - Atualizado às 09h00

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Kim Jong-un numa parada em Pyongyang - Reprodução
Kim Jong-un numa parada em Pyongyang - Reprodução

Na China, um evento teve a força de tomar conta da imprensa internacional. Tudo isso por conta de um trem norte-coreano chegando na China. O veículo tinha sido usado pelo último líder da Coreia do Norte, Kim Jong-il, em visitas oficiais.

Anos depois, a imprensa chinesa (replicada pela Reuters) reportou o que todo mundo imaginava na época: uma visita-surpesa de Kim Jong-un, Líder Supremo da Coreia do Norte. 

Kim acena do interior de seu trem / Crédito: Reprodução

Os chineses não ficaram de fora do burburinho. Mas, para manter o segredo, a China usou de seu Grande Firewall (um trocadilho com a Grande Muralha que só funciona em inglês) para bloquear o nome do visitante.

O Weibo, espécie de Twitter chinês e a principal rede social do país (já que as ocidentais são proibidas) não permitiu a ninguém mencionar Kim Jong-un até o fim da visita. 

Os chineses, como sempre, acharam uma solução: trocar as palavras. Assim, ele ganhou vários apelidos. Kim foi chamado de Visitante do Nordeste, Paciente Obeso, Parente Logo ao Lado e, o mais sarcástico, Gordinho no Trem. 

Existe uma verdadeira contracultura na internet chinesa para vencer as restrições do governo. Notoriamente, em 2013, o governo chinês bloqueou as pesquisas por Grande Pato Amarelo.

O Grande Pato Amarelo / Crédito: Reprodução

Era o codinome na internet chinesa para o Massacre da Praça da Paz Celestial. Como a imagem do homem contra os tanques também é bloqueada, a cômica imagem acima começou a circular. Até os censores descobrirem e acabar com a festa.

Para o governo chinês, os protestos e a repressão de 1989 simplesmente não existiram. E não podem ser mencionados. Mas a internet — e principalmente o povo chinês — encontra um jeito.