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Notícias / Entretenimento

Governo da Coreia do Sul responde criticas sobre filme que vai tratar período histórico conturbado

A obra estrelando Jisoo, do BLACKPINK, mobilizou milhares de assinaturas de conservadores pelo país asiático

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 29/07/2021, às 14h17

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Poster de anúncio do filme Snowdrop - Divulgação / JTBC
Poster de anúncio do filme Snowdrop - Divulgação / JTBC

O drama sul-coreano "Snowdrop" tem estreia prevista para o segundo semestre de 2021, mas já chama atenção pelos comentários que rodeiam a transmissão.

Estrelando Jisoo, conhecida mundialmente pela participação na girl-band BLACKPINK, a produção relata uma história em Seul durante o ano de 1987, em meio a um regime militar conturbado.

Contudo, uma série de críticas - e até petições pedindo para que o drama não seja transmitido pela emissora original - chegou ao escritório do governo federal da Coreia do Sul, como repercute o portal Pop Line.

De acordo com críticos, uma possível distorção de fatos históricos passou a ser cogitada com a divulgação da sinopse.

A JTBC, que transmitirá a produção, chegou a divulgar detalhes sobre a pesquisa histórica, mas não convenceu os conservadores, que se mobilizaram para pedir ao presidente Moon Jae-in para que proíba “Snowdrop”.

Em resposta, o escritório oficial do chefe de estado publicou uma nota explicando quais são as responsabilidades da emissora e dos telespectadores em relação a produção.

No texto, o governo explica que, apesar de 22 mil assinaturas contrárias, deve priorizar a liberdade de expressão e entender que a televisão e a arte são ferramentas de diálogo para a cidadania, acrescentando que não irá intervir enquanto não observar ferimento à legislação.

Confira a nota completa.

“O Artigo 4 da Lei de Radiodifusão garante a liberdade e independência da emissora de programação de radiodifusão e afirma que não é possível regulamentar ou interferir na programação de radiodifusão sem cumprir as condições estabelecidas pela Lei. O envolvimento direto do governo no trabalho criativo requer especialmente uma abordagem cuidadosa, pois pode ser uma violação da liberdade de expressão. O governo respeita os esforços de autocorreção e as decisões autônomas tomadas em nível civil pelo criador, produtor ou consumidor em relação a conteúdo que vai contra o sentimento nacional.

No entanto, as transmissões que prejudicam a responsabilidade pública das transmissões ou violam os regulamentos, como por distorção excessiva da história, requerem deliberação da Comissão de Padrões de Comunicações da Coreia (KCSC). De acordo com o escritório administrativo do KCSC, cerca de 5.000 reclamações foram feitas pelos telespectadores em relação ao já transmitido “Joseon Exorcist’ [outra obra amplamente contestada por conservadores no país].

Devido a atrasos na formação dos membros do KCSC, uma revisão ainda não foi realizada, mas assim que o comitê for formado, definiremos uma agenda e discutiremos se o drama violou ou não os regulamentos de transmissão. O KCSC analisará minuciosamente a imparcialidade da transmissão, a natureza pública e outros fatores de responsabilidade pública por meio das reclamações enviadas pelos telespectadores e monitoramento posterior.

Seguindo em frente, o governo continuará a se comunicar com os criadores de cultura e arte, bem como com os cidadãos, para que várias discussões sobre o trabalho criativo possam ocorrer de maneira saudável.

Agradecemos a todos os cidadãos que participaram nas petições nacionais.”