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Notícias / Coronavírus

Governo sul-africano se sente ‘castigado’ por ter identificado nova variante de covid-19 no país

As autoridades da África do Sul afirmaram que “a excelência científica deveria ser aplaudida e não castigada”

Isabela Barreiros Publicado em 27/11/2021, às 10h56

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Imagem ilustrativa do coronavírus - Centers for Disease Control and Prevention's/Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa do coronavírus - Centers for Disease Control and Prevention's/Wikimedia Commons

Após diversos países anunciarem restrições às fronteiras com países africanos e a viajantes que tiveram passagem na África do Sul nos últimos dias, o governo do país lançou um comunicado lamentando as medidas, que acontecem em decorrência da identificação de uma nova variante do coronavírus no país.

As autoridades afirmaram na nota que sentiam que estavam sendo “castigadas” pela qualidade de suas pesquisas, que conseguiram detectar rapidamente a cepa ‘B.1.1.529’, que apresenta mais de 50 mutações e foi classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como “preocupante” na última sexta-feira, 26.

"Essas proibições de viagem castigam a África do Sul pela sua capacidade avançada no sequenciamento de genomas e em detectar mais rapidamente as novas variantes. A excelência científica deveria ser aplaudida e não castigada", escreveu o ministério das Relações Exteriores no comunicado.

"Vemos também que há novas variantes detectadas em outros países. Nenhum desses casos tem relação recente com o sul da África. E a reação com esses países é radicalmente diferente da gerada pelos casos no sul da África", continuou a nota, segundo noticiado pela agência de notícias AFP.

Para o governo sul-africano, a OMS deve tomar medidas diferentes das adotadas pelos países, que começaram a estabelecer restrições às nações africanas, que tenham uma "abordagem científica, baseada nos riscos".

De acordo com o ministro sul-africano da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla, as mudanças estão acontecendo antes de a ciência mostrar os riscos verdadeiros da nova cepa. Ele afirmou que “alguns líderes buscam bodes expiatórios para resolver um problema que é mundial".