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Notícias / Meio Ambiente

Há 450 milhões de anos, 85% da vida marinha foi extinta devido à falta de oxigênio, afirma estudo

Os pesquisadores esperam que a descoberta possa ajudar na preservação dos oceanos, que estão sofrendo com mudanças climáticas modernas

Isabela Barreiros Publicado em 15/04/2020, às 14h46

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Imagem ilustrativa de um oceano - Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa de um oceano - Wikimedia Commons

Um novo estudo publicado na revista científica Nature Communications afirma que, há 444 milhões de anos, pelo menos 85% das espécies da vida marinha foram extintas devido à falta de oxigênio nos oceanos. A pesquisa foi conduzida por especialistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Utilizando amostras de xisto preto da bacia de Murzuq, na Líbia, os pesquisadores puderam construir um modelo que representa os níveis de oxigênio nos oceanos durante aquele período. A drástica queda provavelmente foi causada por um evento de três milhões de anos, o Ordoviciano Tardio, que foi o primeiro episódio de extinção em massa na Terra.

"Nosso estudo eliminou grande parte da incerteza restante sobre a extensão e a intensidade das condições anóxicas durante uma extinção em massa que ocorreu centenas de milhões de anos atrás", explicou o geólogo Richard Stockey, da Universidade de Stanford.

Erik Sperling, também geólogo da mesma universidade confirma: “Graças a esse modelo, podemos dizer com confiança evento anóxico global longo e profundo está ligado ao segundo pulso de extinção em massa no Ordoviciano Final". Segundo ele, a conclusão é que “em qualquer cenário razoável, anóxia oceânica grave e prolongada deve ter ocorrido em grandes volumes do fundo oceânico da Terra”.

Sperling afirma ainda que “as descobertas não se limitam a esse cataclismo biológico”. Com o estudo, os pesquisadores esperam poder colaborar para que os cientistas consigam monitorar melhor o oxigênio dos oceanos no atual período. A maioria das alterações estão relacionadas com as mudanças climáticas modernas.