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“A Hebe não é de direita, a Hebe não é de esquerda. A Hebe é direta”. Cinebiografia do ícone brasileiro chega aos cinemas

O filme, que estreia hoje, 26, se passa nos anos 1980 e representa o momento da passagem da ditadura militar para a democracia no Brasil

Isabela Barreiros Publicado em 26/09/2019, às 00h00

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Divulgação
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Dirigido por Maurício Farias e roteirizado por Carolina Kotscho, “Hebe — A Estrela do Brasil”, que estreia hoje, 26, tem como palco a década de 1980. Fazendo um recorte do “o período em que Hebe transborda”, segundo Kotscho, o filme conta a vida da apresentadora e vai além — narra, por meio dessa história, a trajetória de um país que luta contra a censura da ditadura militar brasileira.

O longa passa por acontecimentos como a demissão da apresentadora da Rede Bandeirantes, que, cansada das restrições rede de televisão aos seus programas, decide ir para o SBT. Interpretada por Andrea Beltrão, o filme retrata a Hebe que falava tudo o que pensava e desafiava muitas coisas que eram tabus na época.

Ela fala de sexo, defende homossexuais, fala sobre AIDS e enfrenta o marido ciumento e preconceituoso. Muito antes do termo “representatividade”, Hebe convidava transexuais para o seu programa. “A Hebe não é de direita, a Hebe não é de esquerda. A Hebe é direta” também está presente no filme, uma das inúmeras e icônicas falas da estrela.

Andrea Beltrão como Hebe Camargo / Crédito: Divulgação

“A Hebe tinha a fama de malufista, reacionária, mas o perfil que a Carol [roteirista] propõe vai na contramão disso. Temos uma Hebe que enfrenta a censura, defende homossexuais, enfrenta o marido, uma mulher que consegue dialogar com todo o mundo, menos com o filho", explica o diretor Farias.

A roteirista conta que sofreu muitas críticas por “embelezar demais” a sua Hebe. “Essa foi a Hebe que descobri ao pesquisar sobre ela. Não a conhecia, e ela me surpreendeu. Descobri uma personagem complexa, fascinante, contraditória até, mas que me permitia um recorte muito oportuno para refletir sobre o Brasil de agora”, analisa.

Segundo Kotscho, seu roteiro é baseado em entrevistas cedidas pela apresentadora e conversas documentadas. O sobrinho de Hebe, Claudio Pessutti, coordenador do projeto Hebe Forever, foi quem forneceu muito do material utilizado pela roteirista ao escrever a história.

Crédito: Reprodução

Ao ilustrar a transição da ditadura militar para a democracia no Brasil, o filme faz uma amostra da vida da apresentadora que recebia todo tipo de pessoa em seu programa, tinha frases polêmicas e usava joias exuberantes — algumas delas até emprestadas para Andrea Beltrão durante as gravações.