Por onde andava, o aplicativo indicava que local estava com congestionamento. "Os mapas têm o potencial como instrumento de poder", disse
André Nogueira Publicado em 04/02/2020, às 13h03
Um artista realizou uma brincadeira ao andar nas ruas de Berlim (Alemanha) com um carrinho repleto de celulares com o Google Maps aberto, criando engarrafamentos nas projeções virtuais do aplicativo. Por onde Simen Wreckert andava, as vias da cidade apareciam em vermelho, como se estivessem com o tráfego parado, mudando a rota dos motoristas.
Wreckert ainda relembrou que sua performance pode não ter gerado tráfego parado por onde andou, mas acabou criando novos focos de congestionamento em outros locais da cidade, fruto de desvios de rota feitos por aqueles que guiavam em busca de vias livres: "Ironicamente, isso pode gerar um engarrafamento real em outro lugar da cidade”, disse Wreckert à VICE.
"O mapa não é o território... mas outra versão da realidade”, indagou o artista, em referência a Korzybski, semanticista polonês. “Os dados são sempre traduzidos para o que eles podem ter apresentado. As imagens, listas, gráficos e mapas que representam esses dados são todas interpretações e não existem dados neutros.” Ele ainda firmou: "Os mapas têm o potencial como instrumento de poder".
A ação, segundo ele, foi para conscientizar a população em relação ao espaço dado aos carros na cidade. Para essa brincadeira acontecer, ele alugou 99 celulares Android e comprou 99 chips conectados à internet.
+Saiba mais sobre o tema por meio de grandes obras:
O que a google faria? de Jeff Jarvis (2006) - https://amzn.to/36UbY4M
Avalie o Que Importa: Como Google, Bono Vox e a Fundação Gates sacudiram o mundo com os OKRs, de John Doerr (2019) - https://amzn.to/2v5NQ1W
Google. A História do Negócio de Mídia e Tecnologia de Maior Sucesso dos Nossos Tempos, de David A. Wise e Mark Malseed (2007) - https://amzn.to/31DWtwZ
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, assinantes Amazon Prime recebem os produtos com mais rapidez e frete grátis, e a revista Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
