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Notícias / Pandemia

Idoso que ficou 191 dias internado com Covid deve R$ 2,6 milhões a hospital particular de SP

Carlos Higa, de 72 anos, não conseguiu vaga em hospital público

Paola Orlovas, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/10/2021, às 12h59

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Carlos Massatoshi Higa - Divulgação / YouTube / Papolândia PODCAST
Carlos Massatoshi Higa - Divulgação / YouTube / Papolândia PODCAST

Carlos Massatoshi Higa teve alta do Hospital São Camilo, na Zona Norte de São Paulo, na última segunda-feira, 4. Ele saiu do local, onde havia sido internado no dia 27 de março, com uma dívida de R$ 2,6 milhões, que a família ainda não sabe como pagará.

Segundo sua filha, Juliana Suyama Higa, de 37 anos, que deu entrevista ao G1, as economias da família já haviam sido utilizadas, e seu pai precisará de outros cuidados, como fisioterapia para recuperar os movimentos do corpo e fonoaudiologia para recuperar a fala. Para futuros tratamentos, a família buscará atendimento na rede pública. 

A gente não está se recusando a pagar, se tivéssemos [o dinheiro], teríamos pagado, mas esse valor é surreal para qualquer família de classe média. Sou professora, meu pai era dono de banca de jornal. Não temos condições."

Carlos, que passou mais de 100 dias utilizando ventilação mecânica, começou a apresentar sintomas graves de covid-19 enquanto trabalhava  em sua banca de jornal na Vila Nova Cachoeirinha. Ainda segundo sua filha, Juliana, quando a família procurou por vagas nos hospitais das redes públicas, não teve sucesso.

Depois de passar quatro meses na UTI, o idoso foi para um quarto, mas sofreu com convulsões e um AVC, que fizeram com que voltasse para a Unidade de Terapia Intensiva.

Em quadro estável, médicos do hospital em que estava sugeriram que ele fosse para outra instituição, onde a diária de um quarto custava R$ 5 mil, na Granja Viana.

Juliana afirma que agora a família usa de uma vaquinha que já arrecadou cerca de R$ 50 mil para custear a internação e outros tratamentos pós-internação do idoso:

Recebemos doações de pessoas que nem conheço, mas que me escreveram contando que o conheciam da banca".