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Notícias / Brasil

Mulher em coma há 20 anos não é criança desaparecida nos anos 70

Informação foi divulgada nesta quinta-feira, 5

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 05/08/2021, às 14h27 - Atualizado às 23h02

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Fotografia de Clarinha - Divulgação / TV Globo
Fotografia de Clarinha - Divulgação / TV Globo

O Ministério Público do Espírito Santo está atualmente investigando se uma mulher anônima que está em coma há mais de duas décadas é, na verdade, uma criança desaparecida em 1976, após um sequestro. O caso foi repercutido pelo G1. 

Clarinha, que é como ela foi apelidada, está em estado vegetativo há 21 anos. Ela chegou ao hospital já inconsciente no ano 2000, após sofrer um atropelamento — acidente do qual também não se sabe muito, com os registros da polícia limitando-se a apenas estimar o local onde a batida ocorreu e o veículo responsável. 

Sua identidade permanece um mistério desde então, uma vez que ela não carregava documentos consigo, e nenhum amigo nem familiar veio visitá-la ao longo dos anos. 

"A gente tinha que chamar ela de algum nome. O nome 'não identificada' é muito complicado para se falar. Como ela é branquinha, a gente a apelidou de Clarinha”, contou Jorge Potratz, o médico tenente-coronel que a batizou, em uma entrevista para a TV Gazeta em 2016. 

O profissional ainda comentou durante a mesma ocasião que pensava na paciente "como se fosse quase uma filha", uma vez que a mesma não tinha "ninguém por ela". 

Luz no fim do túnel

Recentemente, porém, uma nova linha de investigação foi aberta. O caso conecta a mulher em coma com uma garotinha mineira sequestrada nos anos 70. 

A aparente compatibilidade foi descoberta por uma equipe de peritos, que realizou uma comparação facial com informações retiradas de um banco de dados. 

"A partir dessas buscas, chegou-se ao caso de uma criança de 1 ano e 9 meses desaparecida em Guarapari, em 1976. Na época dos fatos, a família dela, que é de Minas Gerais, passava férias no Espírito Santo”, afirmou o Ministério Público através de um comunicado que foi repercutido pelo G1.

A próxima fase da investigação incluirá uma análise laboratorial do perfil genético de Clarinha, comparando-o com os perfis dos pais de Cecília São José de Faria, que é o nome da garotinha raptada. 

"Assim que o procedimento for concluído, os familiares e a imprensa serão comunicados", afirmou a polícia mineira em nota. Assim é possível que o mistério da identidade da mulher em coma esteja próximo de uma solução. 


ATUALIZAÇÃO

A reportagem do portal de notícias G1 recebeu nesta quinta-feira, 5, a informação das autoridades de que 'Clarinha' não é a criança desaparecida nos anos 70. Uma nova  comparação realizada hoje no material genético confirmou o resultado negativo.