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Notícias / Espaço

Júpiter é atingido por rocha com força de 2 milhões de toneladas de TNT e clarão é provocado

O clarão seria o maior já visto desde 1994, afirmam cientistas

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/06/2022, às 19h32

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Rocha atingiu Júpiter em outubro de 2021 - Arimatsu et al/Kyoto University/PONCOTS
Rocha atingiu Júpiter em outubro de 2021 - Arimatsu et al/Kyoto University/PONCOTS

Uma rocha espacial atingiu a parte gasosa de Júpiter em outubro do ano passado, mas o impacto dessa colisão foi tão forte que observadores aqui da Terra conseguiram capturar o fenômeno. A colisão pode ter sido a maior em 28 anos.

Segundo astrônomos e astrofísicos da Universidade de Kyoto, no Japão, que fizeram o registro, a explosão foi equivalente a 2 milhões de toneladas de TNT e provocou o maior clarão explosivo já capturado no gigante gasoso desde 1994.

Nesse ano, o cometa Shoemaker-Levy 9 atingiu o planeta com uma força de mais de 300 milhões de bombas atômicas, provocando “cicatrizes” escuras e aneladas que acabaram sendo apagadas pelos ventos de Júpiter, de acordo com a Nasa.

Esse novo “flagra” foi feito pela Câmera de Observação Planetária para Pesquisas de Transiente Óptico (PONCOTS), projeto colaborativo de observação astronômica dedicado especificamente ao monitoramento desses clarões em Júpiter.

Maiores detalhes

Ainda não revisado por pares, o estudo também descreve que a rocha tinha uma massa de cerca de 4,1 milhões de kg e entre 15 a 30 metros de diâmetro, o suficiente para liberar uma energia de impacto equivalente ao meteorito Tunguska, que atingiu a Terra em 1908, na Sibéria, especificamente. Ele é considerado "o maior impacto cósmico testemunhado" pela humanidade moderna.

No artigo, os pesquisadores afirmaram que "essa detecção indica que eventos de impacto semelhantes a Tunguska em Júpiter ocorrem aproximadamente uma vez por ano, duas a três ordens de magnitude mais frequentes que os impactos terrestres".

Ainda segundo o artigo, estudar como tais fenômenos acontecem em Júpiter é importante pois oferece uma oportunidade para compreender melhor as consequências de possíveis impactos semelhantes na superfície terrestre.

O impacto do Tunguska foi tão forte que uma onda de choque sísmica chegou a ser registrada na Inglaterra, de acordo com a agência espacial norte-americana.