Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Coreia do Norte

Kim Jong-Un terá que indenizar dois ex-prisioneiros da Guerra da Coreia

Durante décadas, soldados capturados foram obrigados a trabalhar forçadamente em mineradoras e outras instalações no país

Fabio Previdelli Publicado em 08/07/2020, às 11h10

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Kim Jong-Un, líder norte-coreano - Getty Images
Kim Jong-Un, líder norte-coreano - Getty Images

Um tribunal sul coreano ordenou que Kim Jong-Un, líder da vizinha Coreia do Norte, pague uma indenização para dois ex-prisioneiros de guerra ficaram durante décadas trabalhando forçadamente em minas de carvão e outras instalações, antes de finalmente escaparem através da fronteira com a China.

A medida pode estabelecer um precedente legal dentro da península, afinal, é a primeira vez em que um tribunal da Coreia do Sul reclama jurisdição sobre a Coreia do Norte ou emite uma ordem de compensação contra seu líder, segundo informou um grupo de ativistas que respalda os dois comandantes.

Segundo matéria da AFP que foi reproduzida pelo UOL, os dois homens que tiveram apenas seus sobrenomes revelados — Han, de 87 anos, e Ro, de 90 —, foram capturados durante a Guerra da Coreia, que aconteceu entre 1950 e 1953. No entanto, apesar do armistício que acabou com a hostilidade entre as nações, eles não foram repatriados.

Ro retornou a Coreia do Sul somente em 2000, um ano antes de Han. Os dois alegam que sofreram “danos mentais e físicos enormes” no país vizinho, por isso, em 2016, ambos apresentaram a demanda. Sendo assim, o Tribunal do Distrito Central de Seul ordenou tanto à Coreia do Norte quanto a Kim que pagassem para cada ex-prisioneiro uma quantia equivalente a 17.5 mil dólares.

Vale ressaltar que, após os combates, cerca de 170 mil norte-coreanos e chineses estavam nos campos de prisioneiros de guerra das forças da ONU, que eram lideradas pelos Estados Unidos. Enquanto isso, cerca de 100 mil soldados da Coreia do Sul e das Nações Unidas estavam no Norte. Porém, após o armistício, Pyongyang repatriou apenas 8.343 sul-coreanos, de acordo com dados do governo de Seul.

Desde então, os sul-coreanos propuseram o debate dessa questão em diversas ocasiões, mas sua vizinha do Norte sempre alegou que nenhum soldado ficou retido no país contra sua vontade. Porém, ativistas afirmar que entre 2000 e 2001, 80 prisioneiros de guerra escaparam da Coreia do Norte e retornaram ao Sul.