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Notícias / Idade Média

As lendas ocultas dos Cavaleiros Templários

Os templários ficaram marcados na história da Idade Média, principalmente por conta das conspirações que se formaram a respeito de seus rituais secretos

Giovanna de Matteo Publicado em 26/11/2020, às 10h04

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Selo dos Cavaleiros Templários - Wikimedia Commons
Selo dos Cavaleiros Templários - Wikimedia Commons

Era o ano de 1118 quando, em meio as famosas expedições das cruzadas promovidas pela Igreja Católica, nove cavaleiros da França se reuniram para combater os infiéis que ocupavam a Terra Santa, que naquele momento estava sob domínio dos muçulmanos, e ainda defender por conta própria os cristãos que peregrinavam à Jerusálem.

Dez anos depois de atuação da Ordem dos Pobres Cavaleiros, como eles se auto intitularam, a Igreja legitima esse grupo de nobres franceses guerreiros criando um quartel-general oficial dentro da Mesquita de Al-Aqsa, onde ficava o Templo de Jerusalém, mencionado na Bíblia e destruído pelos romanos no ano de 70 d.C.

À esquerda temos a Mesquita Al-Aqsa, e à direita a Cúpula da Rocha, uma das estruturas do Antigo Templo de Jerusalém, lugar sagrado e historicamente disputado por judeus, muçulmanos e cristãos. / Crédito: Wikimedia Commons

A partir do momento em que eles receberam um lugar no Antigo Templo, passaram a ser reconhecidos como os Cavaleiros Templários, e ficaram famosos por suas práticas religiosas e pelos atos ritualísticos que faziam entre si, do qual nem mesmo a Igreja teria conhecimento, já que eles eram isentos de investigações. Com o tempo, acabou se formando uma cultura misteriosa sobre os templários, por conta de seus encontros individuais.

A ordem continuou a ser seguida por nobres cavaleiros por quase dois séculos, criando uma fama e reputação que até hoje intrigam os estudiosos. Devido a sua seita sigilosa e cultos particulares, uma onda de boatos se espalhava sobre aqueles homens tão ocultos.

Desse modo, em 1307 o Rei Filipe 4° da França, que tinha uma dívida com os cavaleiros, decidiu expurgar a ordem. Os líderes templários então foram perseguidos e presos em acusação de heresia. Depois de muitas torturas no estilo medieval, eles foram levados para a fogueira, em 1314. 

Tiago de Molay e Geoffroy de Charnay: Templários condenados à fogueira. / Crédito: Wikimedia Commons

Apesar do grupo nunca mais ter atuado ativamente, os templários ficaram marcados na história da Idade Média, principalmente por conta das conspirações que se formaram a respeito de seus rituais religiosos.

Culto ao demônio

Entre os documentos das cruzadas, alguns historiadores e estudiosos identificaram o aparecimento do nome "Baphomet", que se revelava geralmente em relatos ou canções de trovadores, sendo apontado como uma entidade oculta.

Quando os templários foram perseguidos, muitos deles admitiram em meio às torturas, que o culto à figura de Baphomet fazia parte de suas cerimônias. Naquela época, a imagem do então demônio era representada por uma cabeça decepada, um gato, ou um ídolo de três cabeças.

Anos depois, já no século 19, essa entidade ficou famosa como símbolo de magia e satanismo, e foi só a partir daí que a imagem clássica do bode apareceu. Entretanto, nenhum desses ídolos ou estatuetas foram encontradas para provarem que essa idolatria confessada por alguns templários existia de fato. 

A explicação da criação de Baphomet na verdade reconstitui uma possível corruptela francesa da imagem do Profeta Maomé, pois acredita-se que entre os rituais dos templários ocorriam falsas conversões ao islamismo, para que quando fossem capturados pudessem fingir serem muçulmanos, negando relação com a ordem dos cavaleiros.

Ritual de iniciação templário

Uma das acusações do Rei Filipe 4° estava ligada ao ritual de iniciação da Ordem dos Templários. Segundo boatos, para entrar no grupo os homens deveriam negar a Cristo, e em seguida cuspir ríspidamente sobre uma cruz. Depois disso, eles deveriam mostrar obediência aos seus superiores, consumando o fato com um beijo nas costas, no umbigo e na boca deles, prometendo pela vida toda estar sobre suas submissões, que envolveria relações sexuais entre si. 

Os analistas na verdade acreditam que parte desse ritual possa ser verídico. Ao negarem Cristo eles estariam apenas reencenando uma passagem da Bíblia, onde São Pedro nega três vezes Jesus, na hora de sua crucificação.

Uma descoberta sagrada

Em outra lenda, os templários teriam achado o Santo Graal e a Arca da Aliança em uma de suas andanças pela Terra Santa. Ela estava perdida desde 597 a.C., quando houve a conquista da Babilônia pelo reino de Israel. Dentro dela estariam as sagradas tábuas em que Moisés teria escrito os dez mandamentos. Segundo a Bíblia, o objeto teria algum poder sobrenatural, e por isso era tão procurada.

Essa história começa em 1180, quando o cavaleiro Ralph de Sudley teria levado a Arca para a Europa. No entanto, outras versões dizem que ela foi levada para Etiópia, e até hoje a Igreja Ortodoxa Etíope afirma que tem o pertence.

Antes de Colombo

Apesar do recorte medieval, alguns vestígios da ordem aparecem também entre as conquistas do Novo Mundo. Isso porque durante a perseguição, muitos cavaleiros teriam fugido para o Oeste. Os rumores diziam que eles se refugiaram na Escócia, lugar onde supostamente fundaram a Maçonaria.

No século 19, entretanto, uma pedra que exibia o desenho de um cavaleiro foi encontrada em Westford, Estados Unidos. A partir disso, especulou-se que eles teriam chegado às Américas, ainda antes de Colombo.


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