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Notícias / Cultura

Livro amplia importantes debates sobre questões coloniais, de gênero e de raça

“Não vão nos matar agora”, de Jota Mombaça, apresenta discussões profundas sobre a sociedade atual

Victória Gearini | @victoriagearini Publicado em 17/05/2021, às 15h40

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Capa da obra “Não vão nos matar agora” (2021) - Divulgação / Cobogó
Capa da obra “Não vão nos matar agora” (2021) - Divulgação / Cobogó

Recém-lançada pela editora Cobogó, a obra “Não vão nos matar agora”, de Jota Mombaça, inaugura a coleção Encruzilhada, coordenada por José Fernando Peixoto de Azevedo, doutor em Filosofia e professor da ECA/USP. O memorável livro apresenta importantes reflexões sobre a sociedade atual.

A autora Jota Mombaça busca refletir sobre a importância da poesia, teoria crítica e artes visuais para o estudo queer, desobediência de gênero e antirracismo. A partir de uma análise crítica, a escritora reflete sobre a resistência de corpos — e corpas — diante das adversidades.

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Não vão nos matar agora, de Jota Mombaça (2021) / Crédito: Divulgação / Cobogó

“Eu poderia fazer dessa história uma excepcional narrativa sobre a luta de uma bicha preta por acesso a esses mundos, mas não estou particularmente interessada em retratar nenhuma trajetória rumo ao mundo da arte como heroica. Em vez disso, este texto almeja constituir uma descrição do mundo da arte como sendo uma ficção naturalizada feita para quebrar subjetividades pretas e indígenas na forma de valor roubado”, escreveu a autora.

Por meio de uma narrativa sônica e um visual com linguagem própria, a autora conduz o leitor a refletir sobre a descolonização como meio abolicionista diante do cenário global da atualidade.

“Eu sempre tive a impressão de que morreria de repente, acometida de uma forma qualquer de explosão interna ou arbitrariamente inscrita nas terríveis estatísticas de pessoas dissidentes sexuais e desobedientes de gênero racializadas que são alvejadas por bala ou esfaqueadas por nada no Brasil, assim como em várias outras partes do mundo. Eu me lembro de trabalhar como se estivesse correndo. Correndo rumo a uma ilusão de conforto e estabilidade, a tentar salvar-me de coisas das quais não posso ser salva”, disse Jota Mombaça.

Já no posfácio da obra, a artista e pesquisadora da Universidade Federal da Bahia, Cíntia Guedes, disse que “para aquelas que são capazes de escutar, 'Não vão nos matar agora' é conjuro, anunciação. As que buscam rotas de fuga podem encontrar peças para construção de uma bússola ética, cujas setas não indicam nem o norte, nem o sul, mas o rastro dos caminhos das ancestrais — do futuro e das que já vieram, comprometidas com o destino de criar raízes entre as estrelas.” 

“Se é preciso compreender o momento a partir dele mesmo, sem recorrer ao passado que a tudo captura, reiterativamente, o fato é que o presente contém frestas pelas quais vaza o sangue de um passado não resolvido. Um antifuturismo programático talvez nos permitisse desbloquear o presente, ouvindo vozes que ainda clamam, verificando o modo como o passado nos atravessa na bala que não se perdeu. Trata-se de evadir a fantasia branca de futuros e de fins de mundo e, segundo um anticapitalismo/anticolonialismo de base, evadir também o Tempo para, enfim, reconhecer outras temporalidades. Exu mata o pássaro ontem com a pedra que lançou hoje”, disse José Fernando Peixoto de Azevedo.

Disponível na Amazon, em formato Kindle e capa comum, “Não vão nos matar agora”, em suma, trata-se de uma obra fundamental para todos aqueles que buscam compreender questões coloniais, de gênero e raça.


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