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Notícias / Crimes

Livro de Elize tem carta para a filha: 'Sei o quão complicada é a nossa história'

Condenada pelo assassinato de Marcos Kitano, Matsunaga quer publicar obra autobiográfica sobre sua história

Fabio Previdelli Publicado em 19/05/2022, às 13h10

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Cena de 'Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime' - Divulgação/Netflix
Cena de 'Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime' - Divulgação/Netflix

Conforme repercutido mais cedo pela equipe do site do Aventuras na História, uma década após assassinar o empresário Marcos Kitano, herdeiro da empresa de alimentos Yoki, Elize Matsunaga deseja publicar um livro infantil

Na obra autobiográfica, intitulada “Piquenique no Inferno", ela conta sua versão do crime que escandalizou o Brasil e pede perdão à filha, que não vê desde 2012. A menina, atualmente com 11 anos, está sob a guarda dos avós paternos após decisão da Justiça.  

Elize espera que a menina leia a obra algum dia, quando adulta, e conheça a história de sua mãe: desde sua origem humilde até os supostos episódios de violência doméstica que sofria ao lado de Marcos

Caderno usado por Elize para escrever o livro/ Crédito: Divulgação/Arquivo Pessoal

Minha amada [filha], não sei quando você lerá essa carta ou se um dia isso irá acontecer. Sei o quão complicada é nossa história, mas o que eu escrevo aqui não se apagará tão fácil”, diz Matsunaga em carta incluída na obra. 

Detalhes revelados

O G1 teve acesso a partes das 178 páginas do livro. Em uma passagem, a criminosa revela detalhes de quando foi estuprada pelo padrasto quando tinha apenas 15 anos.

Diz o trecho: “Quando a penetrava, Elize sentia uma dor cortante com a sensação quente de seu sangue e a reação inútil de seu corpo. Cedeu sua virgindade à violência”.
Trecho de livro escrito por Elize/ Crédito: Divulgação/Arquivo Pessoal

Pelo crime, Matsunaga foi condenada, em 2016, a 19 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. No ano seguinte, porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a sentença para 16 anos e três meses. 

Com isso, a previsão é de que Elize seja solta em 20 de janeiro de 2028, quando termina sua condenação. Apesar do período na cadeira, ela diz que sua vida não terminou ali. “E como o fim é sempre um novo começo, me atrevo a dizer que não termino minha vida na prisão”, diz no livro. 

Em outro trecho, conta como é estar presa e sem poder ver a filha. “Seria assim o inferno? Ou seria pior, como a visão dantesca?”. Por fim, revela o motivo de ter escrito a obra com uma caneta vermelha. “Só uma vida escrita em vermelho, sangue e vinho”.

O crime

Na madrugada do dia 20 de maio de 2012, Marcos Matsunaga (42 anos), então diretor-executivo da Yoki, renomada empresa brasileira do ramo alimentício, desce de seu apartamento para buscar uma pizza. Ao entrar pela porta de casa é surpreendido com um tiro na cabeça, efetuado pela sua esposa, Elize Matsunaga (38 anos).

O caso foi um dos mais chocantes do Brasil, recebendo ampla cobertura dos maiores veículos de comunicação do país. Todos tentavam entender o que motivara Elize a cometer um crime tão brutal. Leia o texto completo clicando aqui!