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Notícias / Brasil

Livro infantil que retrata crianças brincando em navio negreiro não será mais comercializado

Obra publicada pela Companhia das Letras foi criticada recentemente

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 13/09/2021, às 10h53

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Ilustração do livro "Abecê da liberdade” - Divulgação/Companhia das Letras
Ilustração do livro "Abecê da liberdade” - Divulgação/Companhia das Letras

O livro infantil “Abecê da liberdade”, publicado pela Companhia das Letras, foi altamente criticado devido a uma passagem que retrata crianças dentro de um navio negreiro durante o período da escravidão. A obra conta a história de Luiz Gama, abolicionista que narra, no livro, a vinda da África para a América a bordo do navio. 

O tom leve com que a temática foi tratada tornou-se polêmica e fez com que a editora viesse a público pedir desculpas pela publicação da obra. 

O trecho diz: “Eu, a Getulina e as outras crianças estávamos tristes no começo, mas depois fomos conversando, daí passamos a brincar de pega-pega, esconde-esconde, escravos de Jó (o que é bem engraçado, porque nós éramos escravos de verdade), e até pulamos corda, ou melhor, corrente”.

Além do texto, há a ilustração de crianças brincando. O livro foi escrito por José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, além de ter sido ilustrado por Edu Oliveira. Uma nota foi publicada, em que o grupo afirma que o livro em questão não seria mais comercializado e seria retirado do mercado. 

Segundo a Companhia das Letras, a obra passou a integrar o portfólio da Companhia das Letrinhas com a sua reimpressão; antes disso, ela foi originalmente lançada pelo selo Alfaguara Infantil, da editora Objetiva.

“Lamentamos profundamente que esse ou qualquer conteúdo publicado pela editora tenha causado dor e/ou constrangimento aos leitores ou leitoras. Assumimos nossa falha no processo de reimpressão do livro, que foi feito automaticamente e sem uma releitura interna, e estamos em conversa com os autores para a necessária e ampla revisão”, afirmaram em nota.

A editora ressaltou que “imediatamente disparamos o processo de recolhimento dos livros do mercado e interrompemos o fornecimento de nosso estoque atual. Esta edição agora está fora de mercado e não voltará a ser comercializada”.