Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Civilizações

Mahendraparvata, cidade perdida do Império Khmer, é encontrada

Com análises de solo, arqueólogos revelam detalhes que podem mudar nosso conhecimento sobre o Império

André Nogueira Publicado em 16/10/2019, às 09h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Angkor Wat, na região da cidade - Wikimedia Commons
Angkor Wat, na região da cidade - Wikimedia Commons

A antiga cidade cambojana de Mahendraparvata, que serviu como uma das capitais angkorianas por seis séculos, durante o Império Khmer, foi localizada em Angkor Wat.

Desde 2013 arqueólogos registravam evidências da cidade em sítios pelo país, realizando explorações inicias nas ruínas, mas apenas agora, com uma varredura territorial e técnicas de levantamento no solo, foi possível achar a malha urbana dessa icônica cidade do século 9.

O projeto para essa pesquisa foi financiado pela Archeology and Development Foundation e por um fundo europeu. A descoberta foi divulgada pela revista Antiquity, como conclusão de toda uma análise arqueológica do Khmer.

Reconstrução da malha atravessando o monte Phnom Kulen de Siem Reap / Crédito: Sydney Morning Herald

A identificação das áreas urbanas planejadas pela varredura revelou uma malha de cerca de 50 km quadrados, sendo a primeira grande cidade do império. A cidade antecede territorialmente o complexo de templos Angkor Wat e possui uma vasta rede de vias e quarteirões.

Foram identificadas diversas estruturas de instalações cívicas e religiosas, santuários, lagoas, um sistema de barragem para gerenciamento hídrico, um centro administrativo, um palácio real e uma pirâmide de natureza templária.

Mapa de localização de Mahendraparvata / Crédito: Antiquity

A descoberta está gerando grande debate com relação à forma de ocupação do espaço e a noção de “cidade hidráulica” predominante entre arqueólogos. Além disso, relatou-se que a cidade não tem uma área central separada para a elite, o que é "totalmente único" no Khmer.