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Notícias / Brasil

Lula diz ter sido vítima "da maior mentira jurídica" dos últimos 500 anos

O discurso foi realizado no Sindicato dos Metalúrgicos, logo depois que Edson Fachin anulou as acusações contra o ex-presidente

Pamela Malva Publicado em 10/03/2021, às 17h00

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Fotografia do ex-presidente Lula durante antigo pronunciamento - Wikimedia Commons
Fotografia do ex-presidente Lula durante antigo pronunciamento - Wikimedia Commons

Na última segunda-feira, 08, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as acusações contra Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta, nesta quarta-feira, 10, o ex-presidente realizou um discurso de 1 hora e 23 minutos no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, na Grande são Paulo, segundo o G1.

Ao seu público, o político que voltou a ser elegível após a decisão de Fachin, afirmou que foi “vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de História”. Ainda mais, ele agradeceu o ministro do STF, mesmo que a anulação tenha sido apenas processual.

“Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas sou eu, mas não tenho”, comentou Lula. “Sinceramente eu não tenho porque o sofrimento que o povo brasileiro tá passando, o sofrimento que as pessoas pobres estão passando neste país, é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim."

Tendo aceitado o pedido de habeas corpus emitido pela defesa de Lula, Edson Fachin não analisou se o acusado é culpado ou inocente nos casos em questão. Por isso, todos os processos ainda devem ser analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal.

Imagem da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva / Crédito: Wikimedia Commons

"O processo vai continuar, tudo bem, eu já fui absolvido de todos os processos fora de Curitiba”, pontuou Lula durante o discurso. “Nós vamos continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queriam me culpar. Deus de barro não dura muito tempo."

Sobre a Operação, o ex-presidente classificou a força-tarefa da Lava Jato como uma “quadrilha” e sugeriu que existe uma certa obsessão por condená-lo. Procurados pela reportagem do G1, Sergio Moro e o Ministério Público Federal no Paraná disseram que não iriam se posicionar sobre o recente discurso de Lula.

Ao final do seu discurso, o político redirecionou sua fala para mencionar Jair Bolsonaro., que Lula descreveu como um “fanfarrão”. Criticando a forma como o atual presiente conduz o país, ele ainda afirmou que o Brasil "não tem governo". Por fim, o ex-presidente defendeu a vacinação, as medidas de isolamento e a liberdade de imprensa.