Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Macabro ‘mar de ossos’ é encontrado em caverna na Arábia Saudita

Descoberta é uma das mais surpreendentes da região dos últimos anos

Fabio Previdelli Publicado em 16/10/2021, às 12h48

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ossos encontrados em caverna na Arábia Saudita - Divulgação/ Archaeological and Anthropological Sciences
Ossos encontrados em caverna na Arábia Saudita - Divulgação/ Archaeological and Anthropological Sciences

Em uma extensa rede de cavernas no noroeste da Arábia Saudita, formadas por atividades vulcânicas, arqueólogos fizeram uma das descobertas mais surpreendentes e macabras da região dos últimos anos:  uma enorme pilha de ossos que foram armazenados por cerca de 7 mil anos.  

Os restos pertencem a diversas espécies diferentes de animais, como gados, cavalos, camelos e até mesmo seres humanos. Mas qual a explicação para tal concentração desse tipo de coisa? A resposta é simples: hienas.  

De acordo com Mathew Stewart, zooarqueológo do Instituto Max Plank para a Ciência da História Humana (na Alemanha) e principal autor do estudo — que foi publicado nos últimos dias revista científica Archaeological and Anthropological Sciences —, o envolvimento da espécie no armazenamento dos ossos foi constatada através da análise de cortes, mordidas e marcas de digestão que foram identificadas nos esqueletos.  

Ossos encontrados no local/ Crédito: Divulgação/ Archaeological and Anthropological Sciences

"A hiena-riscada (Hyaena hyaena, também conhecida como hiena-raiada ou hiena-listrada) é um acumulador de ossos muito ávido", disse o zooarqueológo ao Gizmodo. 

A área vem sendo explorada por pesquisadores desde 2007, segundo a BBC, mas os profissionais só começaram a fazer pesquisas nas profundezas da caverna mais recentemente.   

Ao todo, 1.917 ossos e dentes foram analisados no estudo. Através da datação por carbono, descobriu-se que o material genético encontrado lá possui entre 439 e 6.839 anos — o que significa que as hienas usam o local há muito tempo.  

"O mais surpreendente é quão bem preservado está o material, e quanto material existe, visto que na Arábia Saudita não temos restos de animais, na verdade", completa Mathew