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Notícias / Paleontologia

Maior extinção da história pode ter influenciado a evolução de animais

Logo depois do episódio trágico, os ancestrais de pássaros e mamíferos que sobreviveram adquiriram características distintas

Pamela Malva Publicado em 19/10/2020, às 12h30

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Sphenacodon, um réptil do período Permiano - Wikimedia Commons
Sphenacodon, um réptil do período Permiano - Wikimedia Commons

Há mais de 250 milhões de anos, a mais severa extinção em massa da história varreu os animais da Terra. Agora, um novo estudo indica que a enorme onda de mortes no final do período Permiano pode ter influenciado a evolução de algumas espécies.

Conhecida como a Grande Morte, a intensa extinção matou, ao longo de milhares de anos, quase 96% das espécies marinhas do mundo, além de 70% das espécies de vertebrados terrestres que existiam. Tudo isso por um problema já conhecido.

Segundo cálculos da temperatura da água naquela época, o pico da grande extinção aconteceu enquanto a Terra passava por um violento aquecimento global. Nesse sentido, os oceanos equatoriais chegavam aos 40ºC — clima que, segundo a teoria mais aceita, foi causado pela queima maciça do carvão.

A diferença de postura entre os animais do Permiano (de cima) e do Triássico (de baixo) / Crédito: Divulgação/Jim Robins

De todo esse contexto, apenas duas espécies sobreviveram à extinção: os sinapsídeos (ancestrais dos mamíferos) e os arcossauros (ancestrais dos pássaros). Depois do episódio, os animais do Triássico adquiriram diversas novas características.

Segundo o pesquisador Mike Benton, da Universidade de Bristol, isso aconteceu porque "quem sobreviveu [à extinção] dependeu de intensa competição em um mundo difícil". Assim, em uma forma de seleção natural, os animais se adaptaram.

Das espécies que sobreviveram, as espécies criaram penas e pelos e ainda alteraram completamente sua postura. A mudança mais expressiva, contudo, foi que os ancestrais de pássaros e mamíferos simplesmente tornaram-se espécies de sangue quente. Isso porque "todos tiveram que se tornar endotérmicos para sobreviver", explicou Benton.