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Notícias / Arqueologia

Mais múmias com língua de ouro são encontradas no Egito

Descoberta é similar à outra feita no começo do ano, quando pesquisadores sugeriram que 'língua' serviria para que o morto pudesse 'conversar' com os deuses

Isabela Barreiros Publicado em 13/12/2021, às 15h27

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Múmia e línguas de ouro descobertas no sítio arqueológico de Oxyrhynchus, Egito - Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
Múmia e línguas de ouro descobertas no sítio arqueológico de Oxyrhynchus, Egito - Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Mais três múmias egípcias que contam com línguas feitas de folha de ouro foram desenterradas em tumbas no sítio arqueológico de Oxyrhynchus, próximo da cidade de El Bahnasa, a quase 200 km ao sul do Cairo.

É a segunda vez apenas neste ano que múmias com língua de ouro são encontradas no Egito. Em fevereiro, arqueólogos se depararam com corpos mumificados de 2 mil anos contendo folhas de ouro similares no lugar de línguas no templo de Taposiris Magna de Alexandria, no oeste de Alexandria.

Múmia com língua de ouro descoberta em fevereiro / Crédito: Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito anunciou a mais nova descoberta na última semana, que pode revelar informações importantes sobre como os antigos habitantes da região enxergavam a vida após a morte.

Segundo os pesquisadores da Missão Arqueológica de Oxyrhynchus, tratam-se de três múmias que pertencem a um homem, uma mulher e uma criança, cujas identidades ainda são desconhecidas. A expectativa é que as escavações revelem pistas.

Acredita-se que as folhas de ouro foram colocadas no lugar das línguas durante a mumificação para ajudar os mortos a falarem com os deuses no pós-vida. Foi o que especialistas também sugeriram às múmias encontradas em fevereiro.

Detalhes das folhas de ouro colocadas como línguas nas múmias / Crédito: Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Uma das tumbas, que foi saqueada por ladrões de túmulo no passado, guardava os restos mortais da mulher e da criança de três anos, além de um sarcófago de calcário com tampa em forma de mulher.

No enterro vizinho, que estava intocado, foi armazenada a múmia do homem, que remonta à 26ª Dinastia do Egito Antigo, entre 664 a.C. e 525 a.C., um período conhecido como Saite. O fato de o túmulo estar intocado é impressionante e foi destacado por cientistas.

"Isso é muito importante, porque é raro encontrar uma tumba totalmente selada", explicou Esther Pons Mellado, co-diretora da missão arqueológica de Oxyrhynchus, ao jornal The National, segundo noticiou o portal Live Science.

Estatuetas encontradas nas tumbas no Egito / Crédito: Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Além das múmias e do sarcófago, dentro das tumbas também foram encontrados outro sarcófago de calcário com tampa em forma de homem, um escaravelho, 400 estatuetas funerárias chamadas de ushabti, quatro potes canópicos que serviriam para guardar os órgãos do falecido, entre outros artefatos.

Saiba mais sobre a primeira descoberta das múmias de língua de ouro nesse vídeo: