Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Colômbia

Manifestantes indígenas derrubam estátua de conquistador na Colômbia

A estátua de Sebastián de Belalcázar foi derrubada por membros da comunidade Misak, que argumentam contra a representação do conquistador, que exalta o personagem inimigo dos povos indígenas

Giovanna de Matteo Publicado em 17/09/2020, às 10h05

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Estátua do conquistador espanhol Sebastián de Belalcázar derrubada na cidade de Popayán, Colômbia - Divulgação / Twitter
Estátua do conquistador espanhol Sebastián de Belalcázar derrubada na cidade de Popayán, Colômbia - Divulgação / Twitter

A estátua do conquistador espanhol Sebastián de Belalcázar, na cidade de Popayán, Colômbia, foi derrubada por ativistas indígenas. A polícia observou o movimento enquanto membros da comunidade Misak usavam cordas que derrubaram a estátua do conquistador, que fundou a cidade em 1537 e foi o primeiro governador da mesma.

A ação dos manifestantes foi justificada como um ato de resistência à memória dos povos indígenas que sofreram invasão de suas terras após a conquista da Espanha sobre o território, sendo a imagem de Sebastián de Belalcázar uma representação do passado colonial.

Um comunicado divulgado por líderes indígenas diz que a destruição da estátua foi uma decisão tomada depois do julgamento de Belalcázar, que o considerou culpado de genocídio, escravidão, tortura, estupro e roubo de suas terras ancestrais.
 Além disso, os Misak afirmam que havia um templo no topo da colina do Morro del Tulcán, onde muitos de seus ancestrais estavam enterrados antes da estátua do espanhol ser colocada no local, o que faz com que o lugar seja considerado sagrado, que deve ser reivindicado e "homenageado como território sagrado Misak".
O prefeito da cidade de Popayán não apoiou o movimento e disse que foi um ato de violência contra o patrimônio público, e que mandaria restaurar a estátua. “Discussões sobre diferenças culturais podem ser feitas e sempre estivemos dispostos a permitir espaço para tais discussões, mas esse tipo de violência não pode se tornar uma ferramenta para expressar nossas divergências”, argumentou ele.