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Notícias / Pré-História

Mastodontes viajavam para fugir das mudanças climáticas, revela nova pesquisa

Há milhões de anos eles estavam entre os maiores animais da Terra, mas essa migração pode ter acelerado a extinção da espécie

Alana Sousa Publicado em 01/09/2020, às 13h45

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Ilustração de um mastodonte - Wikimedia Commons
Ilustração de um mastodonte - Wikimedia Commons

Um novo estudo publicado hoje, 1, na revista Nature Communications, revelou que os mastodonte americanos viajavam frequentemente, migrando para regiões ao norte por conta das mudanças climáticas do Pleistoceno, datado de 2,6 milhões de anos atrás. As pesquisas foram realizadas por uma equipe internacional de cientistas, e liderada por Emil Karpinksi, estudante de graduação no Ancient DNA Center e o Departamento de Biologia da McMaster University.

“Hoje, você pode achar que é ótimo ver animais como os ursos-pardos no norte do Canadá e nas ilhas do Ártico, muito além de sua distribuição histórica. Eles estão obviamente se beneficiando, assim como esses mastodontes durante algum tempo, como resultado da mudança climática natural”, explicou Ross MacPhee, curador sênior do Departamento de Mamologia do Museu e um dos autores do estudo.

Os mastodontes estavam entre os maiores animais do planeta, muitos dos fósseis conhecidos dessa espécie foram encontrados ao norte do continente americano, o que já indicava para os cientistas que eles se locomoviam por longos quilômetros. Toda via, só agora essa a razão por trás desse hábito foi, de fato, confirmada.

Fóssil de um mastodonte americano fêmea e seu filhote / Crédito: wikimedia Commons

Para chegar aos resultados, a equipe reconstruiu genomas mitocondriais completos de dentes, presas e ossos de 33 mamíferos da família mammutidae. Assim, os especialistas concluíram que eles eram impulsionados a fugir de ambientes quentes e regiões na qual as camadas de gelo estavam derretendo.

“Esses mastodontes viviam no Alasca em uma época em que fazia calor, assim como no México e em partes da América Central. Essas populações não eram estacionárias. Os dados mostram que havia um movimento constante para frente e para trás", relatou o geneticista evolucionista Hendrik Poinar, diretor do McMaster University Ancient DNA Center.

Entretanto, esses animais sofriam com outro mal, ao migrarem para o Ártico essa espécie se tornava menos diversificada e, enfim, ficavam mais propícias à extinção.