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Notícias / Grécia Antiga

Mensagens amaldiçoadas são encontradas em poço de macabro cemitério ateniense

30 tabletes com registros malditos foram desenterrados durante escavação da região do Kerameikos, na antiga cidade grega

André Nogueira Publicado em 04/02/2020, às 11h46 - Atualizado às 11h47

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Maldição contra indivíduo chamado Pytheas - Instituto Arqueológico Alemão
Maldição contra indivíduo chamado Pytheas - Instituto Arqueológico Alemão

Em Atenas, na Grécia, um poço d’água de mais de 2.500 anos foi encontrado repleto de tabletes com mensagens que descreviam certa maldição. Trata-se de 30 tábuas com gravações de feitiços de amaldiçoamento na área de Kerameikos, necrópole da cidade antiga.

Do estrato arqueológico das tumbas do Período Clássico, as mensagens estão associadas aos individuos que faleceram por falta de sorte. Segundo a diretora da escavação, Jutta Stroszeck, do Instituto Arqueológico alemão, em entrevista ao jornal Haaretz, a ideia era transmitir a “má vontade” do ambiente das tumbas para o poço.  As mensagens, ela afirma, serviam para “invocar os deuses do submundo”.

Maldição contra a recém-casada Glykera / Crédito: Instituto Arqueológico Alemão

Entre os objetos encontrados na região da necrópole, destacam-se “recipientes para beber (skyphoi), recipientes para vinho (krater), luminárias de barro, panelas, panelas de barro de boca larga usadas para tirar água (kadoi), artefatos de madeira, incluindo uma caixa de bugigangas, várias moedas de bronze e restos orgânicos, como caroços de pêssego. E as maldições”, segundo relatório do jornal israelense.

Estatuetas encontradas no poço / Crédito: Instituto Arqueológico Alemão

Os 30 tabletes foram digitalizados para poder ser lidos com total clareza, o que poderá revelar mais informações sobre esse estranho achado. Stroszeck relembra que a disposição dessas mensagens deve ter sido consequência de atitudes governamentais contemporâneas, como a decisão de Cícero de proibir “azarações” em túmulos públicos. Ao mesmo tempo, poços eram considerados um tipo de passagem ao Hades, o que explica um dos escritos: “Ative-o”, dizia.