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Notícias / Hong Kong

Milhares se mobilizam em Hong Kong para evitar abate de hamsters

Governo local ordenou a medida após encontrar 11 animais contaminados com Covid-19 em um pet-shop

Fabio Previdelli Publicado em 19/01/2022, às 13h40

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Com o abate iminente de cerca de 2 mil hamsters — o governo de Hong Kong anunciou a medida depois que vestígios da Covid-19 terem sido encontrados em 11 animais de um pet-shop —, milhares de pessoas tomaram as ruas do território para salvá-los, adotando-os.

Embora as autoridades sanitárias e veterinárias de Hong Kong defenderem que não há evidências que a espécie contribua com a disseminação do novo coronavírus, a secretária de Saúde, Sophia Chan, segue à risca a política e tolerância zero e decretou o abate dos animais — justificando que não poderia descartar quaisquer hipóteses. 

Com o cenário, grupos de pessoas buscaram ajuda nas redes sociais de voluntários dispostos a adotarem os pequenos roedores, mesmo que de forma temporária.

Administradora do grupo no Telegram ‘Hamsters Fofinhos de Hong Kong’, Ocean, de 29 anos, disse que foi contactada por quase 3 mil pessoas. "Muitos donos de animais não sabem exatamente os riscos e desistem de seus hamsters", diz à Folha. 

Bowie, um dos voluntários do grupo, passou a cuidar de dois novos hamsters. "[Entregar animais de estimação para o abate] é ridículo", diz o rapaz de 27 anos, que já tem outros três animais da mesma espécie. “A vida dos animais também é vida. Hoje podem ser hamsters ou coelhos, amanhã podem ser gatos ou cachorros."

As autoridades de Hong Kong, além dos abates, solicitaram que diversos pet shops fossem fechados — suspendendo as vendas e importações dos roedores. Aqueles que compraram os animais depois de 22 de dezembro, foram orientados a devolvê-los às autoridades e não abandoná-los na rua. 

Professora de saúde de animais de estimação na Universidade da Cidade de Hong Kong, Vanessa Barrs, diz que a decisão de abate pode ser justificada por questões de saúde pública, mas acredita que o medo de possíveis infecções é exagerado. "Milhões de pessoas em todo o mundo têm animais de estimação e não houve casos comprovados de transmissão a outros humanos".

O risco teórico existe, mas simplesmente não acontece”, completa.